Seca pode reduzir entrada de divisas em 23% na Argentina

As safras afetadas pela seca na Argentina podem fazer com que o país receba 23% menos divisas nesta temporada em relação ao ano anterior, informou a bolsa de grãos de Buenos Aires em um relatório de 14 de fevereiro.

Durante grande parte do ano passado, a seca mais rigorosa vista pela Argentina em sessenta anos atrasou o plantio e minou as perspectivas de colheita, tornando a vida cada vez mais difícil para os agricultores em um país onde a inflação se aproxima de 100%.

As receitas de exportação do setor agrícola da safra 2022/2023 devem cair para US$ 33,39 bilhões, informou a bolsa.

A Argentina é o maior exportador mundial de soja processada, o terceiro exportador de milho e um importante fornecedor global de trigo.

Chuvas recentes trouxeram algum alívio para partes das regiões agrícolas da Argentina, mas os riscos estão longe de acabar, disse a bolsa, acrescentando que a seca pode cortar US$ 3,31 bilhões da arrecadação de impostos do governo.

“O impacto pode ser ainda maior se as chuvas não voltarem ao normal no restante da temporada e se o risco de geadas precoces se tornar real, dados os atrasos no andamento do plantio”, diz o relatório.

A bolsa de grãos projeta a produção de soja e milho 2022/23, safras cuja colheita começa em abril, em 38 milhões de toneladas e 44,5 milhões de toneladas, respectivamente.

Em setembro, a bolsa previu a safra de soja em 48 milhões de toneladas e milho em 50 milhões de toneladas, uma evidência do dano causado pela seca.

Fonte: Reuters

Para ler o artigo original, acesse: https://www.reuters.com/article/argentina-grains/argentina-crop-export-revenues-could-fall-23-after-drought-idINL1N34U220

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