Petróleo e Gás

Vendas de petróleo do governo brasileiro devem saltar, diz CEO da PPSA

maio, 06, 2022 Postado porGabriel Malheiros

Semana202219

As vendas diretas de petróleo do governo do Brasil mais que dobrarão este ano e aumentarão acentuadamente nesta década, à medida que as principais petrolíferas entregam mais de sua produção à União sob acordos do modelo de partilha, disse o presidente da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), Eduardo Gerk.

Os volumes de propriedade do governo, até agora quase irrelevantes, estão aumentando e chegarão a 1,127 milhão de barris por dia (bpd) até 2031, segundo Gerk, da empresa estatal que supervisiona os contratos de partilha de produção do país.

“Nossa escala de magnitude começou a mudar”, disse ele durante a Offshore Technology Conference (OTC) em Houston.

A PPSA foi criada em 2013 para administrar a participação do Brasil nas vastas descobertas de petróleo do pré-sal encontradas em sua costa.

A participação do Estado no petróleo vem de campos administrados pela Shell Plc, TotalEnergies SA, bem como pela petrolífera estatal Petrobras.

Elas estão entregando volumes mais altos sob a regulamentação de partilha de produção que o país instalou na década passada.

A PPSA vendeu todos os 9,5 milhões de barris que espera receber de compromissos neste ano, em 19 embarques entregues à Petrobras.

E à medida que novos poços entram em operação, os volumes anuais das vendas de petróleo devem saltar para 411 milhões de barris em 2031, disse Gerk.

Até agora, a Petrobras comprou todo o petróleo alocado à PPSA por meio de leilões competitivos em contratos de dois a três anos, superando a Shell, a Total, a portuguesa Galp e os produtores chineses.

Os leilões futuros provavelmente serão realizados por meio da bolsa B3, disse Gerk, que lidará com a produção estatal que deve ter uma média de 95.000 bpd em 2024, disse ele.

No entanto, a contratação de uma trading para comercializar o petróleo também é uma possibilidade, disse Gerk.

“Teremos que rever as condições do mercado então”, disse ele.

A próxima grande quantidade de petróleo do Brasil a ser vendida virá em meados de 2024, com contratos dos enormes campos de Búzios e Mero, disse Gerk.

A produção futura dos campos de Sépia, Atapu, Itapu e Bacalhau também não foi comercializada, acrescentou.

O Brasil produz hoje cerca de 3 milhões de bpd de petróleo bruto, com a participação do governo respondendo por menos de 1% do total.

A participação do governo deverá aumentar para cerca de 20% da produção total do país em 2031, quando a produção total do país for estimada em mais de 5 milhões de barris por dia de petróleo bruto, disse Gerk.

Os volumes de petróleo do governo incluem uma participação no campo de águas profundas de Mero, onde consórcios entre a Petrobras, Shell e as chinesas CNOOC e CNPC iniciaram a produção em sistema definitivo na segunda-feira.

A plataforma do grupo foi projetada para bombear até 180.000 bpd de petróleo bruto.

Fonte: Reuters

Para ler o artigo original completo, acesse:

https://www.reuters.com/world/americas/brazils-government-owned-oil-sales-climb-sharply-official-says-2022-05-05/

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