Regras de Comércio

Durante evento da OMC, Brasil cobra do Japão abertura de mercado para carne e melão

jul, 06, 2020 Postado porSylvia Schandert

Semana202028

Diversos países, entre eles o Brasil, cobraram do Japão, mais uma vez, uma maior abertura de mercado para a entrada de produtos agropecuários importados. A cobrança foi feita feita durante o exame da política comercial do país asiático realizado nesta segunda-feira, 06 de julho, na Organização Mundial do Comércio (OMC).

O Japão é o sexto maior parceiro comercial do Brasil, e as relações bilaterais em geral são consideradas muito boas. Em 2019, o comércio entre os dois países cresceu quase 10% em relação a 2018, para US$ 9,5 bilhões.

A delegação brasileira disse esperar que o Japão promova um novo ciclo de investimentos no Brasil nos próximos anos mas, ao mesmo tempo, apontou questões específicas na relação comercial, como subsídios e proteções fornecidas pelo país asiático  em patamares muito mais elevados do que em outros países desenvolvidos, “de uma maneira que é particularmente prejudicial aos interesses de exportadores como o Brasil”.

Também foram levantadas as questões fitossanitárias, frequentemente mais rigorosas no Japão que os padrões internacionais, que mantêm as portas fechadas em alguns segmentos ou elevam custos para os exportadores.

Além disso, persistem restrições japonesas à entrada de carne bovina termoprocessada, apesar de o produto ter entrado no país livremente antes de 2012.

O Brasil também quer exportar melão para o mercado japonês e apresentou um plano nesse sentido ao parceiro em 2016. Tóquio apresentou diversas demandas técnicas, respondidas em 2017. Mas, até agora, o Brasil não recebeu respostas das autoridades japonesas ao seu plano.

EUA, Índia e vários outros parceiros também reclamaram de barreiras na entrada de produtos agrícolas no Japão. A Índia exemplificou que os japoneses impõem sobre alguns produtos tarifas de importação de até 500% e cotas (volume limitado de importação), medidas que prejudicam o fluxo do comércio.

Fonte: Valor Econômico

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