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Brasil deve exportar uma quantidade recorde de carne bovina em 2019

dez, 11, 2018 Postado pordatamarnews

Semana201850

O Brasil espera exportar uma quantidade recorde de carne bovina em 2019, devido à abertura das portas da China a mais fábricas brasileiras de processamento de carne. De acordo com a Associação Brasileira de Exportadores de Carne Bovina (ABIEC), os embarques de carne bovina no Brasil aumentarão 10,8% no comparativo anual para 1,8 milhão de toneladas em 2019, o que equivale a um aumento na receita de exportação de 11% sobre os níveis do ano passado, para US$ 7,2 bilhões. A Abiec anunciou que a China poderia autorizar até dez novas fábricas de carne no primeiro trimestre de 2019, além das 15 unidades existentes. O órgão está confiante de que, com apenas 16 unidades, o Brasil pode ganhar US$ 1,8 bilhão em receitas de exportação, o equivalente a 431.000 toneladas de exportação de carne bovina.

O gráfico a seguir mostra a tendência crescente do Brasil nas exportações de carne bovina para a China:


Supporting Sources:

https://www.valor.com.br/agro/6020781/novos-recordes-nas-exportacoes-de-carne-bovina

Novos recordes nas exportações de carne bovina

SÃO PAULO – Impulsionadas pela abertura de novos mercados e, principalmente, pela autorização da China para que mais frigoríficos brasileiros exportem a seu mercado, as exportações de carne bovina do Brasil deverão bater um novo recorde em 2019. Segundo projetou hoje a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o volume dos embarques tende a crescer 10,8% na comparação com o recorde de 1,6 milhão de toneladas de 2018, para 1,8 milhão, e o valor das vendas aumentará 11%, para US$ 7,2 bilhões — neste ano, o montante será de US$ 6,5 bilhões.
Em entrevista a jornalistas nesta terça-feira, o presidente da Abiec, Antonio Camardelli, confirmou que os exportadores brasileiros estão otimistas com a possibilidade de a China habilitar mais frigoríficos no primeiro bimestre de 2019. Atualmente, 15 unidades do país estão autorizadas a exportar aos chineses. Recentemente, técnicos do serviço sanitário da China visitaram seis plantas de carne bovina do Brasil e a expectativa é que, com a boa avaliação dos chineses sobre a visita, até dez novos frigoríficos recebam sua habilitação.
“Se com 16 unidades exportamos US$ 1,6 bilhão, imagine com mais dez”, disse Camardelli. Para 2019, a expectativa da Abiec é que as exportações brasileiras para a China rendam US$ 1,8 bilhão, ante US$ 1,5 bilhão neste ano. Em volume, os embarques devem totalizar 431 mil toneladas, crescimento de 31,4% ante as 328 mil toneladas estimadas para este ano.
Atualmente, a China é oficialmente o segundo principal destino das exportações de carne de bovina do Brasil em volume, pouco atrás de Hong Kong — boa parte da carne exportada para a região administrativa, no entanto, é consumida na China continental. Juntos, China e Hong Kong responderam por cerca de 45% das exportações brasileiras de carne bovina em 2018.
Além do crescimento esperado nas vendas para a China, os exportadores de carne bovina do Brasil também trabalham com a expectativa da abertura do mercado da Indonésia. No primeiro caso, as autoridades do país asiático já visitaram frigoríficos brasileiros, não restando pendências técnicas. Resta uma decisão política dos indonésios. Embora otimista, Camardelli admite que o lobby da Austrália, que exporta gado vivo à Indonésia, é um entrave.
Outro mercado que deverá ajudar no crescimento das exportações de carne bovina do Brasil é o dos Estados Unidos, afirmou Camardelli. Segundo o presidente da Abiec, o Ministério da Agricultura do Brasil já ofereceu as garantias pedidas pelos EUA para que o país reabra seu mercado à carne bovina in natura. Esse mercado foi fechado no ano passado em razão da detecção de absessos (acúmulo de pus) em carne bovina importada do Brasil.
Também há otimismo em relação à Rússia. Depois de ficar todo o ano de 2018 sem poder acessar o mercado russo — Moscou embargou a carne brasileira no fim de 2017 —, o serviço sanitário da Rússia autorizou, no mês passado, que cinco frigoríficos brasileiros voltem a exportar. É um número bastante inferior aos 30 abatedouros que estavam autorizados a vender para os russos antes do embargo, mas já deve significar um volume mensal de 6 mil toneladas de exportação em 2019, disse Camardelli. Além disso, o expectativa da entidade é que mais frigoríficos brasileiros sejam autorizados por Moscou ao longo do próximo ano.

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