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Carnes

Boi/CEPEA: Vitória de Milei na Argentina deve mexer pouco no mercado global de carne

dez, 01, 2023 Postado porSylvia Schandert

Semana202344

A vitória de Javier Milei à Presidência da Argentina e, consequentemente, sua política de expandir vendas externa do agronegócio do país, eliminando as “retenciones” (imposto de exportação) do governo anterior, não deve interferir nos mercados para os quais o Brasil já vende carne bovina. A avaliação é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP).

Segundo o Cepea, embora a Argentina seja forte exportador de carne bovina, assim como o Brasil, são “poucos os nichos de concorrência direta”, diz. “Ainda que seja esperado que a Argentina exporte mais, a carne produzida no país é reconhecida por sua qualidade e costuma ser comercializada em segmentos diferentes dos ocupados pela proteína brasileira.”

O Cepea destaca, também, que os custos de produção na Argentina são muito superiores aos dos brasileiros, “dificultando sua competitividade junto a parceiros do Brasil, mesmo que o governo argentino implemente políticas de ampla abertura comercial”.

Veja abaixo os dez principais destinos de exportação da carne bovina brasileira em 2023. Os dados são do DataLiner.

Principais destinos de exportação | Carne | 2023 | WTMT

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Dados do Agribenchmark, iniciativa internacional da qual o Cepea participa em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mostram que, em 2022, o custo de produção no Brasil teve média de US$ 47,90/arroba no sistema a pasto e de US$ 57,40/arroba em confinamento. Já na Argentina, a média do custo a pasto foi de US$ 62,69/arroba, o que representa 31% a mais que no Brasil, e, em confinamento, de US$ 78,02/arroba, diferença de 36%.

Há até uma possível vantagem para o Brasil no aumento das exportações argentinas de carne bovina: os frigoríficos brasileiros poderão ampliar as vendas para o país vizinho. “De qualquer forma, esse comércio tenderia a ser modesto”, diz o Cepea. “No ano passado, segundo dados do USDA, a importação total por parte dos argentinos de foi de apenas 7 mil toneladas.”

Fonte: Broadcast Agro

Para ler a reportagem original, acesse: http://broadcast.com.br/cadernos/agro/?id=T09vUUlLV21BTGxuYzVnOXA1ZitYQT09

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