Portos e Terminais

Tolerância para caminhões no Porto de Santos é prorrogada até maio

abr, 10, 2023 Postado porSylvia Schandert

Semana202318

A tolerância máxima determinada para a chegada de caminhões que transportam contêineres e cargas soltas com destino ao Porto de Santos, em vigor desde janeiro, foi prorrogada por mais um mês. Até 1º de maio, o prazo segue em três horas após a janela de agendamento. Em 2 de maio, cairá para duas horas, conforme norma da Santos Port Authority (SPA).

A prorrogação, segundo a Autoridade Portuária, atende às solicitações feitas por dois sindicatos, o Sindicam e o Sindisan, que representam transportadores autônomos e empresas de transporte comercial de cargas, respectivamente.

O novo regramento, implementado pela SPA em 1º de outubro, está na segunda fase de adequações. A etapa atual de adaptação ao novo prazo de tolerância na recepção de veículos pesados, em vigor desde 1º de janeiro, encerraria no último dia 2, mas foi prorrogada a pedido do Sindicam.

O presidente do Sindicam, Luciano Santos de Carvalho, diz não se opor às novas regras de agendamento, mas ressaltou que falta infraestrutura de acesso adequada aos transportadores de carga que se destinam às duas margens do Porto de Santos.

“O Porto não tem infraestrutura para receber os caminhões. Se o caminhoneiro chegar antes (do horário agendado), não tem onde estacionar. Se chegar depois das três horas de tolerância, paga um valor pelo não cumprimento do horário”.

Luciano salientou que as discussões sobre os prazos de tolerância para chegada de transportadores à zona portuária ainda não foram encerradas. “Só de contêineres, 600 caminhões entram e saem do Porto de Santos por dia, em média. Se contarmos as cargas soltas, são cerca de 5 mil caminhões circulando diariamente. Isso só de autônomos, que são metade dos transportadores que acessam o Porto a cada 24 horas”.

Segundo a SPA, as alterações objetivam reduzir a permanência de caminhões nas proximidades do complexo portuário e disponibilizar mais janelas de agendamento aos caminhoneiros. Mas o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), André Luís Neiva, afirmou que, “desde o início, o Sindisan se colocou contrário a essa medida. A portaria que estabeleceu as cinco horas foi um trabalho muito bem elaborado, o transportador participou da formatação. Hoje, com todos os problemas de acesso, o cenário não é favorável para essa alteração”.

Neiva explicou que na primeira fase, que teve redução de uma hora, o impacto não foi significativo, porque o volume de serviço sofreu grande redução e a demanda por transporte foi abaixo da média. Contudo, o maior receio dele é quanto ao período de safra.

“A preocupação é com o período de safra, que se aproxima, somado às obras de recuperação das vias, que devem se estender por um longo período. Entendemos que se essa medida for eficaz, comprovadamente, ela deveria ser implantada após o término das obras e na entressafra”.

Para os caminhões de granéis vegetais sólidos não há alteração, pois as cargas chegam de distâncias que exigem dias de viagem.

Fonte: A Tribuna

Para ler o artigo original, acesse: https://www.atribuna.com.br/noticias/portomar/tolerancia-para-caminhoes-no-porto-e-prorrogada-ate-maio

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