Portos e Terminais

Setor empresarial pede urgência no contrato de transição do Porto de Itajaí

nov, 14, 2023 Postado porGabriel Malheiros

Semana202324

O Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM) pede urgência na assinatura do contrato de arrendamento transitório do Porto de Itajaí. Há praticamente um ano sem movimentar contêineres, a situação já afeta a economia do município e do estado. O setor empresarial vai enviar ofício às autoridades (parlamentares, Antaq, Ministério de Portos e Aeroportos e TCU) reforçando o pedido. O tema foi deliberado pelo COFEM, nesta segunda-feira, dia 13, durante reunião em Florianópolis, com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Portos e Aeroportos e da Câmara de Vereadores de Itajaí.

“O porto é fundamental para Santa Catarina e tem passado por uma situação desafiadora, que afeta o complexo portuário de Itajaí e inclui a Portonave. Cada contêiner movimentado promove um giro na economia de R$ 4 mil a R$ 5 mil”, disse o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. “Infelizmente esse dinheiro deixou de circular na economia. Na principal via de comércio da cidade já fecharam 14 estabelecimentos. Então é uma situação que afeta Itajaí, mas também a região”, explicou o secretário-adjunto de Portos, Aeroportos e Ferrovias de SC, Robison Coelho.

O secretário destacou, ainda, que a Portonave está sendo diretamente afetada porque Itajaí é responsável pela dragagem do canal de acesso, que sofreu assoreamento com as chuvas recentes. “E temos dificuldade financeira de fazer esse custeio em virtude de tudo o que está acontecendo”, completou, lembrando que Itajaí está sem operar contêiner desde dezembro de 2022.

“Estamos passando por uma etapa burocrática no edital e precisamos garantir a assinatura do contrato transitório com urgência”, disse o vereador de Itajaí, Beto Cunha, que, na reunião, representou a Câmara Municipal. Ele informou que, após a assinatura, a operação efetiva pode levar seis meses para se iniciar por conta dos ajustes operacionais e burocráticos, como o processo de alfandegamento.

“Hoje, Itajaí tem o maior índice de inadimplência do estado e as empresas não conseguem crédito por conta do endividamento”, revelou Hélio Dagnoni, presidente da Fecomércio. Segundo ele, em 31 de dezembro de 2022, Itajaí tinha 7.660 CNPJs ativos, mas hoje são 6.317, ou seja, houve uma baixa de 1.343 empresas em menos de um ano.

Fonte: FIESC

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