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Safra de café 2019/20 do Brasil estimado em 55-56 milhões de sacas de 60 kg

dez, 03, 2018 Postado pordatamarnews

Semana201849

O banco holandês Rabobank estima que o Brasil produzirá entre 55-56 milhões de sacas de 60 kg de café no ano-safra de 2019/20, que será colhido no primeiro semestre do próximo ano. O banco estima que 56,8 milhões de sacas de 60 kg foram produzidas a partir da safra atual, abaixo dos 60 milhões de sacas estimados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Rabobank prevê que a produção de café arábica seja entre 37-38 milhões de sacas na safra de 2019/20, e conilon entre 17-18 milhões de sacas no mesmo ano-safra. O órgão também estima que a demanda global chegue a 166,9 milhões de sacas este ano, impulsionada pelo aumento do consumo do Oriente Médio e Ásia.

Segundo estimativa do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), o Brasil encerrará o ano exportando 34,5 milhões de sacas, alta de 13% em relação ao ano anterior. As exportações de café do país atingiram 27,5 milhões de sacas de 60 kg nos primeiros dez meses de 2018, 10,3% acima do mesmo período do ano anterior, enquanto as exportações de café arábica aumentaram 2,6%, para 22,408 milhões de sacas, com um impressionante 874,5%, para 2,072 milhões no mesmo período.


Fontes usadas:

https://www.valor.com.br/agro/6002695/colheita-sera-menor-na-safra-201920

Colheita será menor na safra 2019/20

Por Alda do Amaral Rocha | De Punta del Este
O Brasil deve produzir entre 55 milhões e 56 milhões de sacas de café na safra 2019/20, que está em início de desenvolvimento e será colhida no primeiro semestre do ano que vem, segundo projeção do banco holandês Rabobank. Para a atual safra, o banco estima que a colheita tenha somado 56,8 milhões de sacas, abaixo das cerca de 60 milhões estimadas pela Conab e das quase 64 milhões recentemente divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Para o Rabobank, a produção de arábica deve ficar entre 37 milhões e 38 milhões de sacas em 2019/20, abaixo das 41 milhões de 2018/19, em decorrência da bienalidade negativa do ciclo. Mas o conilon deve surpreender e se recuperar, atingindo uma produção entre 17 milhões e 18 milhões de sacas em 2019/20. No ciclo atual, foram 15,8 milhões de sacas, segundo o banco.
“O que vai surpreender é o conilon. Não está faltando chuva nas regiões produtoras do Brasil”, disse Guilherme Morya, analista de café do banco, durante apresentação no 26º Encafé.
No entanto, diante das previsões indicando grande possibilidade de ocorrência do fenômeno El Niño, é preciso monitorar como a safra de conilon brasileira vai se comportar, afirmou. Ele lembrou que foi durante a ocorrência do último El Nino, entre 2015 e 2016, que o Espírito Santo, principal Estado produtor da espécie, sofreu uma forte seca, que derrubou a safra do grão. “Tem de monitorar a extensão do fenômeno”.
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Rabobank prevê safra de ao menos 55 milhões de sacas de café em 2020

PUNTA DEL ESTE (URUGUAI)  –  O Brasil deve produzir entre 55 milhões e 56 milhões de sacas de café na safra 2019/20, que está em início de desenvolvimento e será colhida no primeiro semestre do ano que vem, segundo estimativa do banco holandês Rabobank. Para a atual safra, o banco projeta que a colheita tenha somado 56,8 milhões de sacas, abaixo dos cerca de 60 milhões estimadas pela Conab e das quase 64 milhões de sacas recentemente divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Para o Rabobank, a produção de arábica deve ficar entre 37 milhões e 38 milhões de sacas em 2019/20, abaixo das 41 milhões de 2018/19, em decorrência da bienalidade negativa do ciclo. Mas o conilon deve surpreender e se recuperar, atingindo uma produção entre 17 milhões e 18 milhões de sacas em 2019/20. No ciclo atual, foram 15,8 milhões de sacas, segundo o banco.
“O que vai surpreender é o conilon. Não está faltando chuva nas regiões produtoras do Brasil”, disse Guilherme Morya, analista de café do banco, durante apresentação hoje no 26º Encafé, em Punta del Este.
No entanto, diante das previsões indicando grande possibilidade de ocorrência do fenômeno El Niño, é preciso monitorar como a safra de conilon brasileira vai se comportar, afirmou. Ele lembrou que foi exatamente durante a ocorrência do último El Nino, entre 2015 e 2016, que o Espírito Santo, principal Estado produtor da espécie, sofreu uma forte seca, que derrubou a produção do grão. “Tem de monitorar a extensão do fenômeno”, disse.
O Rabobank prevê crescimento da colheita na safra 2018/19 dos concorrentes do Brasil na América do Sul, como Honduras e Colômbia, que produzem arábica. Mas  Morya avalia que também é preciso atenção sobre os efeitos de um eventual El Niño nos próximos meses na florada e no enchimento de grãos na Indonésia, que produz robusta. Para o Vietnã, que deve ter uma safra recorde de robusta em 2018/19, o fenômeno climático não seria tão preocupante, já que poderia provocar seca no período da colheita no país, observou.
Nesse cenário previsto de boas colheitas, com uma projeção de superávit global de 5,5 milhões de sacas de café no ciclo 2018/19, Morya afirmou que os preços do café no mercado internacional não encontram sustentação para subir. Nas safras anteriores, quando havia um cenário de déficit global, o café chegou a U$ 1,60 por libra-peso, observou o analista.
O Rabobank projeta que o preço futuro do café em Nova York deve ficar na casa dos US$ 1,19 por libra-peso neste último trimestre do ano, alcançando US$ 1,24 a partir do primeiro trimestre de 2019. Guilherme Morya não acredita que os preços possam ficar abaixo de US$ 1,00 por libra-peso em Nova York, apesar do  superávit global.
Segundo ele, além dos fundamentos de oferta, o comportamento dos fundos não comerciais (que vinham apostando na queda dos preços) na bolsa e o câmbio devem exercer influência sobre os preços do café nos próximos meses. “Mas o panorama pode mudar a depender das chuvas, da extensão do El Nino. É preciso ver se vai impactar a produção de robusta na Ásia”, reiterou.

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https://www.valor.com.br/agro/6004367/consolidacao-da-industria-de-cafe-tende-continuar

Consolidação da indústria de café tende a continuar

PUNTA DEL ESTE  –  O consumo de café cresce no mundo, puxado principalmente por Ásia e Oriente Médio, e as grandes multinacionais do segmento se movimentam — com fusões e aquisições — para tentar conquistar fatias maiores de um mercado que avança inclusive em detrimento de outras bebidas.
Em diferentes apresentações na terça-feira no 26 Encafé, em Punta del Este (Uruguai), analistas da Euromonitor e do Rabobank estimaram que a demanda deverá continuar a aumentar e que a onda de consolidação nesse mercado, que ganhou força a partir de 2012, ainda não acabou.
Segundo projeções do Rabobank, o ritmo de avanço do consumo de café no mundo diminuiu nos últimos cinco anos. Ainda assim, a entrada de novos consumidores nesse mercado garantiu um crescimento médio de 2,3% ao ano entre 2012 e 2017. O maior incremento no período, de 7% ao ano, foi registrado no Oriente Médio, enquanto na Ásia a média alcançou 5,7% ao ano.
“Mercados não tradicionais lideram o crescimento da demanda mundial”, reforçou Guilherme Morya, analista de café do Rabobank. O banco projeta que a demanda global deverá atingir 166,9 milhões de sacas este ano e “beirar” as 180 milhões em 2024.
Matthew Barry, a analista de bebidas da Euromonitor International, também chamou a atenção para a demanda crescente e observou que só há queda em países que vivem ou viveram fortes crises econômicas, como Venezuela e Grécia. Já em mercados consolidados como EUA e Europa, o crescimento é mais lento.
Barry destacou o crescimento da demanda nas várias categorias de café, em diferentes padrões, o fenômeno do avanço do consumo fora de casa — com a abertura de cafeterias na Ásia —, e o aumento da demanda por bebidas prontas à base de café em países desenvolvidos.
De acordo com dados da Euromonitor, em 2017 as vendas globais em cafeterias somaram US$ 58 bilhões — desde 2012, mais de 30 mil coffee shops foram abertas no mundo, a maior parte na Ásia. Para Barry, o que move o consumo fora de casa é o declínio da demanda por outras bebidas e a busca por qualidade.
O analista avalia, ainda, que as cafeterias têm também um papel social importante para os consumidores. “Pessoas que bebiam chá estão ingressando no café via coffee shops e café solúvel”, observou o especialista.
A urbanização na China foi um dos pontos destacados por Morya, do Rabobank. “Haverá renda disponível para consumir outros produtos. É uma questão de tempo querer um produto de maior valor agregado”, disse. O banco holandês estima que a demanda total por café na Ásia alcançará 28,2 milhões de sacas em 2025 — eram 19,7 milhões em 2015.
As mudanças recentes no padrão de consumo e o aumento da demanda por café em países em desenvolvimento estão levando os grandes players do segmento a se adaptar, na visão da Euromonitor. Os movimentos da Jab Holdings (controladora da JDE), da suíça Nestlé e da italiana Lavazza refletem esse novo cenário. Empresas de bebidas, como a Coca-Cola, também se mexem para enfrentar as mudanças, uma vez que as vendas de refrigerantes perdem fôlego no mundo.
Nos últimos anos, a Coca Cola investiu em cafeterias, fechando acordos com a Dunkin Donuts Iced, e mais recentemente adquirindo a britânica Costa Cafe. A Jab, por sua vez, investiu em negócios como a Caribou, a Keurig Green Mountain, a Pret à Manger e a Peet’s Coffee. No mês passado, anunciou um acordo para produzir e distribuir cápsulas de alumínio com a marca italiana illy.
E enquanto a JDE busca se tornar uma companhia global para competir com a Nestlé, a suíça fez um acordo de US$ 7,5 bilhões para comercializar cafés e chás da Starbucks fora das lojas da rede. “Não há razão para achar que a onda de consolidação acabou”, disse o analista da Euromonitor.
Morya, do Rabobank concorda. “A tendência é que as fusões continuem acontecendo”, disse, acrescentando que as empresas do segmento no mundo vivem um momento de “comprar ou ser comprado”. O quadro é especialmente desafiador para as companhias que têm 1% a 3% de participação em termos de valor do mercado mundial, de acordo com o banco holandês.
Conforme dados apresentados por Morya, a Nestlé tem hoje uma fatia de 22,2% desse mercado, seguida pela JAB, com 12,7%. A Lavazza está distante no terceiro lugar, com 2,7%. “Existem hoje dois players predominantes no mercado de café. Provavelmente, nos próximos dez anos, poderá haver uma mudança semelhante à que ocorreu no segmento de bebidas”, onde o número de companhias se afunilou, disse.
E a consolidação também pode ter novos capítulos no Brasil, reconheceu Barry. Por aqui, as empresas que lideraram esse movimento nos últimos anos são a JDE, dona das marcas Pilão e Caboclo, e o Grupo Três Corações.

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