Portos e Terminais

Quadrilha que falsificava lacres de contêineres para exportar droga é desmontada

abr, 20, 2022 Postado porSylvia Schandert

Semana202217

A Polícia Federal desmontou parte de uma organização criminosa responsável por clonar lacres de contêineres. Eles eram usados no tráfico internacional de cocaína. Um dos maiores clientes deste escritório do crime era Sergio Roberto de Carvalho, o Major Carvalho, um dos principais traficantes internacionais de drogas, que é procurado pela Interpol.

O esquema de clonagem era feito de uma forma bem caseira em uma sala. Os criminosos copiavam os códigos dos lacres para poder violar contêineres e, dentro deles, colocar drogas, sem despertar nenhuma suspeita.

O esquema de tráfico internacional de drogas foi descoberto na Operação Kamino da Polícia Federal, que é um braço de uma grande investigação da PF que começou em 2020. Os policiais cruzaram as informações e chegaram onde eram fabricados os lacres falsos. A polícia descobriu que os criminosos entravam com caminhões carregados de drogas no Porto de Paranaguá, no Paraná.

Matheus Riekes de Rezende, delegado da PF e responsável pela operação, explicou que as organizações criminosas sabiam qual era a localização exata de cada contêiner no pátio do porto.

“A partir de caminhoneiros que eram integrantes da organização criminosa e de funcionários do porto que trabalhavam no pátio e eram corrompidos, a droga entrava no terminal portuário dentro da cabine do caminhão”, disse. “O caminhão desviava incialmente da rota programada, se aproximava do contêiner de interesse da organização criminosa e ali era rompido o lacre original com a numeração original.”

Depois de fechado com o lacre falso, mas com a numeração original, o contêiner era enviado para várias partes do mundo, principalmente para a Europa, sem levantar suspeitas para a carga colocada dentro dele. Desta forma, em um ano e meio de investigação, a polícia acredita que eles conseguiram enviar mais de quatro toneladas de drogas para fora do Brasil.

“O contêiner quando entra no canal portuário passa por um scanner com alta tecnologia, monitorada pelos funcionários e pela Receita Federal”, disse Rezende.

“Quando não tem nenhuma carga suspeita, ele já é considerado fiscalizado. As quadrilhas esperavam que eles passassem pelo scanner para então colocar a droga com a violação do lacre original e a substituição do lacre falsificado idêntico.”

Durante as buscas foram apreendidos lacres de contêineres, materiais para falsificação, como lixas, ácidos e telas de serigrafia. Os criminosos também atuavam na adulteração de chassis e placas de veículos. Uma pessoa foi presa em flagrante.

Fonte: R7

Para ler a matéria original completa, acesse: https://noticias.r7.com/cidades/quadrilha-que-falsificava-lacres-de-conteineres-para-exportar-droga-e-desmontada-15042022

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