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Proibição de exportação de materiais pela Rússia pode encarecer eletrônicos

mar, 29, 2022 Postado porSylvia Schandert

Semana202213

Desde que a Rússia anunciou a proibição da exportação de mais de 200 produtos manufaturados no país, por causa de sanções recebidas diante da guerra na Ucrânia, o receio de que produtos fiquem mais caros tem feito parte do noticiário em diferentes países. E no Brasil não é diferente. Entre os itens estão equipamentos tecnológicos, de telecomunicação, médicos e elétricos. Segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), uma variação de preços entre os produtos de tecnologia poderá ocorrer dependendo do tempo que durar o conflito.

No entanto, ainda é difícil prever exatamente de quanto será.

A entidade diz ainda que as empresas que representa no Brasil não importam insumos diretamente da Rússia. Isso ocorre apenas “indiretamente”, pois o país exporta matéria-prima para fornecedores internacionais de componentes.

Na lista das sanções russas há ainda carros, maquinários agrícolas, vagões, locomotivas, contêineres, turbinas, máquinas de corte de metais e pedras, displays de vídeo, projetores, consoles e quadros de distribuição de energia.

Para Marcelo Matos, o fundador da empresa de gestão de comércio exterior Kestraa, a curto prazo ele vê uma grande pressão inflacionária sobre esses itens. “A invasão da Rússia à Ucrânia traz um agravamento da crise que a cadeia logística vivencia desde o início da pandemia”, destaca.

O problema se agrava, pois a Rússia está entre os maiores exportadores de carvão, além de ser um dos maiores produtores de paládio, alumínio, cobre e níquel. O paládio, por exemplo, é utilizado em componentes de memória e de sensores. Já o níquel é matéria-prima para a fabricação de baterias e ligas metálicas.

Entre os itens proibidos de ser exportados está o gás neon. Subproduto da siderurgia russa, ele é purificado na Ucrânia e transportado de lá para o resto do mundo para a fabricação de chips e processadores, um setor que já enfrentava grandes dificuldades por escassez desde o início da pandemia.

De acordo com o Techcet, mais de 90% do neônio de grau semicondutor fornecido para os Estados Unidos vem da Ucrânia. E a guerra entre os dois países pode deixar o mercado sem o produto. Aqui no Brasil, a Abinee chegou a estimar que 73% das fábricas de aparelhos eletrônicos que utilizam semicondutores na produção estão com dificuldades para encontrá-los atualmente no mercado.

De modo geral, empresas internacionais têm diversificado a origem dos insumos de fabricação e, por enquanto, não preveem grandes impactos devido ao conflito. No entanto, as projeções podem mudar conforme o conflito evolui.

Fonte: UOL

Para ler a matéria original completa, acesse: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2022/03/28/eletronicos-ficar-mais-caros-apos-russia-proibir-exportacao-de-materiais.htm

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