Portos e Terminais

Preço de frete em contêiner leva empresas a investir em break bulk

mar, 04, 2021 Postado porSylvia Schandert

Semana202110

Nesta semana, está sendo embarcado pelo Porto de Paranaguá um novo lote de 6.180 toneladas de fubá. São 247.200 sacas, de 25 quilos cada, que têm como destino o Porto de Matadi, na República Democrática do Congo. Esta é a segunda operação de embarque da farinha de milho na modalidade break bulk.

Segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, produtos alimentícios como o fubá geralmente são exportados em contêineres por Paranaguá. “Por isso, chama a atenção quando o embarque é realizado nessa outra modalidade. No ano passado, no final de março, fizemos o primeiro embarque de fubá e, pelo jeito, abriu-se um novo mercado”, afirma.

Operação

A empresa responsável pelo carregamento no Porto de Paranaguá é a Marcon. De acordo com o diretor comercial, Patrick Ferreira Tavares, o fubá embarcado veio de Rio Verde (Goiás) e Apucarana (Paraná).

“A operação anterior, em 2020, abriu mercado não apenas para o fubá na modalidade break bulk, como também para o embarque de outros produtos alimentícios que geralmente são exportados em contêineres, como feijão em saca, por exemplo, sobre o qual já fomos consultados”, disse Tavares.

Segundo ele, os efeitos da pandemia no preço dos fretes em contêineres para o embarque desses alimentos é o que tem feito alguns exportadores migrarem para o embarque direto no porão do navio. “A modalidade movimenta uma infraestrutura enorme na cidade e gera mais empregos e renda, pois exige mais mão-de-obra”, explica o diretor.

Além do fubá, o navio Sun Aquamarine também levará 22.800 toneladas de açúcar – em 456.000 sacas de 50 quilos cada. O produto tem origem no Estado de São Paulo e vai para o mesmo importador africano.

Em 2020, a Marcon exportou 8 mil contêineres carregados de feijão pelo Porto de Paranaguá. De Fubá, a empresa embarcou 2.316 unidades, em 2020, e 78 já este ano. “Seguimos exportando o fubá e outros produtos alimentícios, em sacas, nos contêineres. No caso da farinha de milho, é um produto que movimenta todos os meses, o ano todo”, finaliza Patrick.

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