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Grãos

Nível de embarque de soja deve se manter no Porto de Santos

fev, 23, 2022 Postado porSylvia Schandert

Semana202208

Indo contra a realidade nacional em relação à safra de soja, o Porto de Santos deve manter a movimentação do produto neste ano em comparação a 2021. Apesar da estimativa da produção da commodity cair cerca de 9% devido às condições climáticas em algumas regiões do País, o complexo portuário santista, provavelmente, seguirá com o mesmo ritmo de trabalho do ano passado.

“Boa parte da safra exportada via Porto de Santos é proveniente do estado do Mato Grosso, onde houve uma safra normal”, relata o especialista em Infraestrutura e Agronegócios Maurício Sampaio. Ele explica que, enquanto a queda no Porto de Santos deve ficar em 1%, podendo chegar a 2%, os outros portos brasileiros devem ir em direção contrária e sofrer uma “redução expressiva” na movimentação de soja, principalmente na Região Sul.

O fato acontece porque a produção no local, assim como em parte do Mato Grosso do Sul, foi influenciada pela seca e o fenômeno La Niña. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deverá produzir 125,47 milhões de toneladas. “Na safra passada, a soja colhida em território brasileiro atingiu 138,8 milhões de toneladas”, compara Sampaio.

Em Santos, os dados da Santos Port Authority (SPA), empresa responsável pela gestão do Porto, apontam um crescimento anual na movimentação de soja em grãos: em 2019, foram 18,7 milhões de toneladas, enquanto 2020 registrou 21 milhões de toneladas e, no último ano, movimentou 23,3 milhões de toneladas.

Para o presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), Régis Prunzel, os números podem servir de base para a estimativa deste ano na região, mesmo com os impactos na produção do produto em todo o País. “O crescimento de aproximadamente dois milhões de toneladas por ano também pode ser uma expectativa para o ano de 2022”.

Prunzel explica que o processo de desestatização que deve acontecer no Porto de Santos também não interfere nas previsões de movimentação no ano. “Para 2022, nós não vemos nenhum prejuízo ou instabilidade para rodar as safras de soja, açúcar, milho, farelo de soja ou as outras movimentações de carga geral na Baixada Santista”.

Visão regional

De acordo com a VLI, o desembarque de composições carregadas com soja no Terminal Portuário na região de Santos (Tiplam) em janeiro simbolizou o início da movimentação de soja neste ano.

Enquanto isso, a expectativa de movimentação deste ano do Terminal Exportador do Guarujá (TEG), Terminal de Exportação de Açúcar do Guarujá (Teag) e Terminal Exportador de Santos (TES) é de cerca de 15 milhões de toneladas de granéis sólidos, que envolvem soja, milho, farelo de soja e açúcar.

“Os principais clientes da tríade dos nossos terminais são as acionistas, que mantêm uma projeção otimista de movimentação, muito parecida com o que foi negociado em 2021”.

Exportação

Apesar dos impactos da produção poderem refletir na redução de volumes exportados nesta safra, o especialista Maurício Sampaio afirma que a soja deverá continuar como “primeiro produto do agronegócio brasileiro”.

“Possivelmente em função de menores volumes, os preços serão compensados. Desta forma, a gente espera um número muito expressivo em divisas também para exportação deste ano, em torno dos US$ 48 bilhões”.

Fonte: A Tribuna

Para ler o artigo original completo, acesse:

https://www.atribuna.com.br/noticias/portomar/nivel-de-embarque-de-soja-deve-se-manter-no-porto-de-santos

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