Navegação

Movimentação de cargas sobe 76% na Hidrovia Tietê-Paraná

ago, 11, 2023 Postado porSylvia Schandert

Semana202333

A Hidrovia Tietê-Paraná registrou aumento de 76% na movimentação fluvial de cargas de janeiro a junho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. O levantamento foi realizado pelo Departamento Hidroviário (DH), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, e divulgado nesta quarta-feira (9).

A hidrovia tem 2,4 mil km navegáveis e é usada principalmente para o transporte da produção agrícola até o Porto de Santos. Com 14 terminais intermodais, ela conecta São Paulo a Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul. No Estado, são 800 km com navegação.

De acordo com o relatório, foram despachadas 810,7 mil toneladas entre janeiro e junho, enquanto 460,3 mil toneladas foram transportadas no mesmo período de 2022. Dentre os produtos com maior movimentação estão a soja e o farelo de soja.

No entanto, a hidrovia escoa também a produção de milho, madeira, areia e derivados da cana-de-açúcar. Apenas em junho, foi registrado um crescimento de 44,1%, com 234,6 mil toneladas embarcadas, contra 162,7 mil toneladas no mesmo mês de 2022.

“O resultado mostra a importância desse modal para a logística econômica do estado. A hidrovia é um eixo fundamental para o escoamento de produtos e bens, e terá ainda mais importância quando completarmos o rebaixamento do canal em Nova Avanhandava”, avalia a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.

Além disso, a execução dos trabalhos para aprofundar o canal de navegação vai garantir resiliência em situação de estiagem e melhorias no armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas.

Com investimento de R$ 300 milhões, os serviços devem gerar 1,4 mil empregos diretos e indiretos, e retirar 552 mil metros cúbicos de rochas – o volume de 600 piscinas olímpicas.

O transporte de cargas utiliza embarcações do tipo ‘chata’, movimentadas por um empurrador (rebocador específico) e capazes de transportar 1,5 mil toneladas cada uma. No modal rodoviário seriam necessárias 43 carretas, de 35 toneladas cada, para levar o mesmo volume. Para a movimentação desses barcos é preciso que o Rio Tietê esteja com lâmina d’água mínima de 2,2 metros. Como o regime de chuvas em 2022 e este ano foi melhor, a navegação se beneficiou.

Desafogo

O consultor portuário Ivam Jardim observa que a utilização do modal hidroviário é excelente ao sistema por desafogar a ferrovia e ser opção mais barata e menos poluente do que o transporte rodoviário. “Ao ser mais uma opção logística, a área de captura de carga pelo Porto de Santos cresce, gerando um potencial crescente de movimentação dos terminais”, afirma.

Porém, Jardim lembra que essa opção hidroviária se dá em parte do percurso. A razão é que, ao chegar em Anhembi, cidade próxima à Piracicaba, essa carga precisa ser transbordada para a rodovia ou ferrovia, cumprindo essa última etapa ao Porto de Santos.

“Uma solução que está sendo trabalhada pelo Governo é que seja concessionado às hidrovias, de forma que se tenha uma empresa responsável pelas obras de dragagem, monitoramento, sinalização e outros serviços, de forma de que seja dado garantias de navegabilidade continua e, sendo assim, uma opção segura de transporte de carga aos exportadores”, explica.

Fonte: A Tribuna

Para ler a reportagem original completa, acesse: https://www.atribuna.com.br/noticias/portomar/movimentacao-de-cargas-sobe-76-na-hidrovia-tiete-parana

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