Portos e Terminais

Investimentos ampliam capacidade do Porto de Paranaguá

nov, 05, 2020 Postado porSylvia Schandert

Semana202046

O Porto de Paranaguá vem recebendo diversos investimentos públicos e privados, mesmo durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. A autoridade portuária que administra o porto e é responsável por oferecer a infraestrutura necessária às atividades de movimentação de cargas, deve investir R$ 703 milhões nos próximos anos. Somente na contratação do projeto executivo de modernização do Corredor de Exportação Leste serão aplicados R$ 4 milhões.

Além disso, nesta semana, a Rocha Terminais Portuários e Logística anunciou novos investimentos na duplicação da capacidade de armazenagem e movimentação de granéis sólidos pelo Corredor de Exportação Leste do Porto.“Vamos ampliar para 270 mil toneladas a capacidade total de armazenagem em Paranaguá. Além disso, vamos ampliar a capacidade de descarga para mais de 600 caminhões/dia, contando com dois novos tombadores”, explica o superintendente de Granéis de Exportação da empresa.

O projeto de ampliação prevê a duplicação da estrutura do Terminal de Granéis Sólidos de Exportação, que passará a ter dois novos armazéns, com capacidade de armazenamento de 62 mil toneladas cada. As obras começam já este mês e a previsão é que estejam concluídas até dezembro de 2021.

Atuando em portos de Norte a Sul do País, a Rocha movimenta 20 milhões de toneladas de produtos por ano. Além dos granéis de exportação (soja e milho), atua com granéis sólidos de importação (fertilizantes), granéis líquidos, celulose, produtos siderúrgicos e cargas em geral e de projetos.

De acordo com o diretor-presidente da empresa, Juliano Agnolo, o investimento na expansão da estrutura no Porto de Paranaguá é relevante não apenas para a empresa, mas para o agronegócio brasileiro, segundo ele, “o motor do País”, para o Estado do Paraná e para os portos paranaenses.

Corredor de Exportação é planejado para os próximos 50 anos

A empresa Portos do Paraná já contratou o projeto básico para a modernização e remodelação do Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá. A obra aumentará a capacidade operacional do complexo em 100%.

O diretor-presidente da empresa, Luiz Fernando Garcia, explica que o objetivo é dar condições para que o complexo atenda a demanda com excelência para os próximos 50 anos.“Considerando a potência dos shiploaders (equipamentos carregadores de navios) e a demanda de mercado, vamos investir já neste projeto para chegar ao volume de até 18 mil toneladas por hora, ou seja, 6 mil toneladas/hora em cada berço de atracação”, afirma Garcia.

O projeto básico para as obras de repotenciamento do complexo será a base para o projeto executivo e também das obras que dobrarão a capacidade de embarque de grãos e farelo pelos três berços exclusivos do corredor (212, 213 e 214). O objetivo é elevar a produtividade para reduzir o tempo de operação, aumentar a rotatividade das embarcações e diminuir o custo de toda a cadeia.

A proposta é desenvolver um novo sistema com a instalação de novas correias transportadoras e a aquisição de novos equipamentos eletromecânicos. As novas correias serão enclausuradas – protegidas de modo a evitar perdas na carga, sujeira da cidade e prejuízo à qualidade do ar e ao meio ambiente como um todo em função do pó. No mesmo projeto estão previstas todas as obras necessárias para que o Corredor de Exportação opere em plena capacidade.

O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá é formado por nove terminais privados: Cargill, AGTL, Interalli, Centro Sul, Coamo, Louis Dreyfus, Cotriguaçu, Cimbesul e Rocha, que somam capacidade global de 1,025 milhão de toneladas. Há, ainda, os terminais públicos: um silo vertical, com capacidade estática de 100 mil toneladas, e quatro silos horizontais, com capacidade total de 60 mil toneladas.

O modelo paranaense para embarque de granéis de exportação é único no Brasil. A carga pode ser embarcada simultaneamente nos três berços de atracação exclusivos para granéis e é possível que um mesmo navio receba mercadoria de diferentes produtores, em sistema de pool.

As estruturas de armazenagem são interligadas por correias transportadoras. As linhas levam os produtos até os porões dos navios, que são carregados por seis equipamentos (shiploaders) que operam em três berços preferencias (212, 213 e 214).

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