Indústria de alumínio renasce e abre mão de quota de importação

fev, 07, 2023 Postado porSylvia Schandert

Semana202307

A indústria brasileira de alumínio parou de pedir isenções fiscais na importação do metal leve pela primeira vez em quase uma década, enquanto o país reduz a dependência de fornecedores estrangeiros.

“Percebemos pelos estudos de demanda versus produção que não seria necessário (pedir quota de importação para 2023)”, disse Janaina Donas, presidente da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), em entrevista.

O Brasil está a caminho da autossuficiência em alumínio, nove anos depois da crise de energia que provocou uma disparada nos preços da eletricidade e forçou os produtores a fechar fábricas de uso intensivo de energia.

A maior economia da América Latina tornou-se um importador líquido de alumínio e a indústria local exigiu um sistema de cotas de importação isento de impostos para lidar com possíveis restrições de oferta.

A retomada da produção da Alumar, da Alcoa, e a capacidade adicional planejada pela Cia. Brasileira de Alumínio em 2023 elevará a capacidade de alumínio do Brasil em 49%, para cerca de 1,4 milhão de toneladas neste ano.

As mudanças, somadas à alta taxa de reciclagem de sucata, significam que o Brasil poderá produzir alumínio suficiente para atender às suas necessidades internas.

O governo brasileiro alocou 350.000 toneladas para importações de alumínio isentas de impostos no ano passado, mas até novembro havia trazido apenas cerca de metade desse volume, segundo a Abal.

O progresso ocorre quando as restrições de energia na Europa e na China levaram ao fechamento de fundições, reduzindo a oferta global de metal.

“Isso torna o Brasil menos suscetível à volatilidade, como a desencadeada pela pandemia ou pela guerra na Ucrânia”, disse Donas.

“Estamos recuperando a resiliência da cadeia de suprimentos.”

O Brasil já buscou esforços para conter as importações chinesas do metal, com o governo impondo medidas compensatórias sobre alguns produtos laminados de alumínio (chapas e folhas) a partir de abril, alegando que a China está subsidiando as exportações.

Fonte: Money Times

Para ler a reportagem original, acesse: https://www.moneytimes.com.br/industria-de-aluminio-renasce-e-abre-mao-de-quota-de-importacao/

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