Regras de Comércio

Exportações só cresceram em 7 países da AL e do Caribe em 2023, com Brasil na lista

jan, 30, 2024 Postado porSylvia Schandert

Semana202405

O Brasil faz parte do grupo minoritário de países da América Latina e do Caribe cujas exportações cresceram no ano passado. É o que mostra relatório publicado nesta terça-feira (30) pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com dados de 24 países da região.

Citando números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o BID destaca que as vendas brasileiras para o exterior cresceram 1,7% no ano passado. Além do Brasil, apenas as exportações de Paraguai (19,1%), México (2,9%), Costa Rica (16,4%), Nicarágua (0,8%), Panamá (4%) e Jamaica (28,9%) também tiveram alta no período.

Segundo o BID, o crescimento das vendas brasileiras “pode ser explicado por mais embarques para a China e, em menor grau, Argentina e México, compensando quedas nas exportações para a União Europeia e o resto do mundo”.

“Em termos de produtos, os maiores aumentos foram em soja, milho e açúcar, em função de maiores volumes embarcados em meio à queda dos preços”, afirma o BID. “Boas safras no Brasil compensaram produções menores, causadas por condições climáticas adversas, em competidores importantes, como Argentina (soja) e Tailândia e Índia (açúcar).”

O gráfico a seguir compara o volume de milho e soja embarcados através dos portos marítimos brasileiros para a China nos primeiros onze meses de 2023, segundo o serviço de dados DaLiner.

Exportações de Milho e Soja para a China | 2023 | WTMT

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

A quantidade exportada brasileira, sem levar em consideração os preços, foi tamanha que a alta de 1,8% do volume exportado por América Latina e Caribe no ano passado “pode ser explicada principalmente pelos volumes embarcados por Brasil e México”, de acordo com a instituição.

Vendas da Argentina

Sobre a Argentina, o BID destaca que as vendas para o exterior recuaram 25,3% no ano passado. “Tanto os preços quanto as quantidades exportadas caíram em meio a uma seca severa”, diz, destacando que a queda pode ser explicada principalmente pelas menores vendas de cereais, soja e seus derivados e afetou “exportações para todos os destinos”.

De maneira geral, “as exportações da América Latina e do Caribe entraram em uma fase contracionista em 2023, após dois anos de expansão”, afirma. No ano passado, as vendas da região para outras partes do mundo caíram 2,2%.

“A reversão nos preços das commodities e a desaceleração no crescimentos dos volumes exportados foram responsáveis pela queda no valor das vendas”, diz.

Além disso, embora o recuo das exportações de América Latina e Caribe tenha “desacelerado no último trimestre” de 2023, “as perspectivas continuam enviesadas para baixo”. Isso porque a manutenção de políticas monetárias contracionistas, a guerra na Ucrânia, a “emergência de novos conflitos armados no Oriente Médio” e  “um cenário de aumento da fragmentação geoeconômica” estão “restringindo o crescimento econômico” global e “consequentemente diminuindo oportunidades” para as exportações da região.

“Simultaneamente, o aumento da frequência de eventos climáticos extremos pode tornar os preços mais voláteis, aumentando a incerteza a respeito da evolução da conjuntura comercial global”, diz.

Fonte: Valor Econômico

Clique aqui para ler o texto original: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2024/01/30/exportacoes-so-cresceram-em-7-paises-da-america-latina-e-do-caribe-em-2023-com-brasil-na-lista.ghtml

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