Grãos

Exportações do agronegócio em outubro foram de US$ 13,38 bilhões

nov, 17, 2023 Postado porGabriel Malheiros

Semana202343

As exportações brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 13,38 bilhões em outubro de 2023, uma cifra 2,3% inferior na comparação à exportada no mesmo período de 2022. O valor correspondeu a 45,4% das exportações totais do Brasil.

Dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) indicam que o resultado das vendas externas de outubro foi fortemente influenciado pelo recuo do índice de preços dos produtos exportados. Por outro lado, a safra recorde de grãos de 2022/2023 possibilitou um aumento de volume exportado pelo Brasil.

Soja em grãos, milho e açúcar são os produtos que merecem destaque no mês dentre as exportações do agronegócio.

As exportações de soja em grãos atingiram volume recorde para os meses de outubro, com 5,53 milhões de toneladas. Esta quantidade embarcada é quase 45,7% superior ao exportado no mesmo mês de outubro do ano passado. A participação da China nas aquisições da soja em grãos exportada pelo Brasil subiu para quase 88% do volume exportado no mesmo período do ano passado. As vendas externas de soja em grãos alcançaram US$ 2,89 bilhões em outubro de 2023, com alta de 24%.

Veja abaixo um gráfico que mostra as exportações de soja do Brasil entre janeiro de 2020 e setembro de 2023. Os dados são do DataLiner, serviço de inteligência marítima da Datamar.

Exportações de Soja | Jan 2020 – Set 2023 | WTMT

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

O volume embarcado de milho foi recorde para os meses de outubro, chegando a 8,44 milhões de toneladas nesse outubro de 2023 ou uma quantidade 24,5% superior na comparação com os 6,78 milhões de toneladas exportados no mesmo mês do ano anterior. As vendas externas de milho foram de US$ 1,89 bilhão, praticamente idêntico ao de outubro de 2022.

Nesse mês de outubro de 2023, a China foi o principal país importador do milho brasileiro, com participação de 40,9% na quantidade exportada pelo Brasil (3,46 milhões de toneladas) ou US$ 765,77 milhões.

Veja abaixo as exportações de milho do Brasil entre janeiro de 2020 e setembro de 2023. Os dados são do DataLiner, serviço de inteligência marítima da Datamar.

Exportações de Milho | Jan 2020 – Set 2023 | WTMT

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

O terceiro produto com desempenho favorável neste mês foi o açúcar. Os preços internacionais do açúcar continuaram elevados em setembro, devido ao déficit hídrico registrado nas lavouras asiáticas e preocupações com uma possível quebra de safra. As exportações de açúcar brasileiro subiram de US$ 1,30 bilhão (outubro/2022) para US$ 1,50 bilhão (outubro/2023), alta de quase 15,4%.

O incremento dos preços médios de exportação em 26,9% é o principal fator responsável pelo aumento do valor embarcado. Os maiores importadores do produto são Índia (US$ 197,73 milhões); Argélia (US$ 124,56 milhões; +22,4%); Indonésia (US$ 104,19 milhões; +3,8%); China (US$ 96,97 milhões; -51,3%); Canadá (US$ 91,77 milhões; +236,8%); e Malásia (US$ 80,72 milhões; +0,2%).

O gráfico abaixo mostra as exportações brasileiras de açúcar em contêineres (HS 1701), medidas em TEUs, segundo o serviço de informações marítimas DataLiner.

Exportações brasileiras de açúcar | Jan 2019 – Set 2023 | TEU

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Acumulado do ano (janeiro a outubro)

Entre janeiro e outubro de 2023, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram a soma recorde US$ 139,58 bilhões, o que representa um crescimento de 3% na comparação com o mesmo período de 2022 (US$ 135,55 bilhões).

Os setores que mais contribuíram para o desempenho positivo das exportações no período foram o complexo soja (+US$ 4,37 bilhões), complexo sucroalcooleiro (+US$ 3,02 bilhões) e cereais, farinhas e preparações (+US$ 1,82 bilhão).

A Ásia foi a principal região geográfica de destino dos produtos do agronegócio brasileiro no período, com 53,4% de participação, enquanto a China foi o maior mercado comprador individual, com US$ 51,10 bilhões e 36,6% de market share.

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