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Exportações brasileiras de carne suína para a China crescem 173% no primeiro bimestre de 2020

abr, 24, 2020 Postado porSylvia Schandert

Semana202018

Nos dois primeiros meses de 2020, as exportações brasileiras de carne suína para a China atingiram 4.523 TEUs, um crescimento de 173% em relação ao primeiro bimestre de 2019, quando o volume enviado pelo Brasil ao país asiático havia sido de 1.656 TEUs. Os dados são do DataLiner. 

Fonte do gráfico: DataLiner 

A principal responsável por esse aumento nas exportações é a gripe suína africana, que atingiu a China em 2019, reduzindo o número de porcos do país em até 60% e elevando o preço da proteína, que é a favorita dos chineses, a máximas históricas.  

No último dia 20 de abril, o Ministério da Agricultura chinês divulgou que as importações de carne suína deste ano devem crescer 32,7% na comparação anual, para 2,8 milhões de toneladas.  

A China está enfrentando a gripe suína africana desde agosto de 2018 e a doença ainda não foi contida. Os casos de gripe suína africana relatados pelo Ministério da Agricultura e de Assuntos Rurais da China  haviam caído para dois por mês no final do ano passado, mas 13 já foram publicados no site da pasta desde março deste ano. 

Em entrevista à revista Globo Rural, o presidente executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, afirma que mesmo com a pandemia causada pelo coronavírus, a tendência é que as exportações brasileiras de carne suína para a China em 2020 sejam promissoras 

“A peste suína africana não foi contida. Pelo contrário, atingiu outras regiões da Ásia. Além disso, há novos casos de influenza aviária na Índia e na própria China. Na Europa, houve queda da produção de carne suína este ano e aumento no consumo, então o continente também deve ser um pouco mais demandante”, afirmou Turra. Segundo ele, o coronavírus dificulta a retomada da produção nesses países após esses problemas sanitários, abrindo espaço para as exportações brasileiras. 

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