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Portos e Terminais

Estivadores lutam por acesso a melhores serviços no Porto de Santos

jul, 14, 2022 Postado porSylvia Schandert

Semana202228

Os estivadores que atuam no Porto de Santos vêm realizado manifestações nas últimas semanas com o objetivo de garantir o acesso de cerca de 650 integrantes da categoria a melhores serviços no cais santista. Este é o número estimado de portuários avulsos que, de acordo com o sindicato, devem ser transferidos do cadastro para o registro no Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo). Os estivadores ameaçam até cruzar os braços caso o problema não seja resolvido.

“A última vez que houve abertura de cadastro de novos profissionais para a estiva e passagem de cadastrados para a condição de registrados foi em 2010. Temos integrantes do cadastro que sonham em ter a carteira preta – como chamamos os registrados – há mais de 25 anos na espera”, explica o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos e Região (Sindestiva), Bruno José dos Santos.

Ele enfatiza que outra reivindicação em pauta envolve a abertura de seleção para novos cadastros de portuários. De acordo com Bruno, o quadro de trabalhadores está defasado devido a afastamentos, aposentadorias, implantação das 11h de descanso e mortes. Somente nesta terça-feira (13), o presidente do sindicato diz que faltaram mais de 60 trabalhadores avulsos para os serviços no cais, fazendo com que dois navios ficassem completamente parados.

Impasse

Segundo Bruno, a realidade atual dos estivadores é diferente do que eles imaginavam, principalmente porque, em 2021, houve diversas negociações do Sindestiva com o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) para tratar de demandas de trabalho das duas partes.

“Estávamos fechando uma convenção coletiva com a entidade patronal, mas em fevereiro deste ano eles colocaram um item novo nas negociações”, diz o sindicalista, em referência ao pedido do Sopesp para regularizar cerca de 2,5 mil trabalhadores que foram vinculados no porto santista e não pertenciam ao Ogmo. “Não podemos aceitar que burlem a Lei Federal 12.815, então eles (Sopesp) pararam a negociação”.

Foi a partir deste impasse que os estivadores começaram a organizar as manifestações. Até o momento, quatro passeatas já foram realizadas em Santos – uma delas passou pelo Ministério Público, onde os sindicalistas conversaram com promotores sobre a situação.

“Em um primeiro momento, queremos chamar atenção das autoridades e da população. Mas se não der certo, a gente pensa em paralisar o Porto. Todas as categorias da área portuária estão com o mesmo problema. Nossa região tem tanta gente desempregada, o cais precisa de trabalhadores e eles não abrem vagas. É um absurdo”, admite.

Procurado, o Sopesp afirmou que não irá se pronunciar sobre o assunto no momento. O Ogmo, por sua vez, não respondeu até a publicação desta matéria.

Diferença

A diferença entre as duas modalidades de serviço citadas por Bruno José dos Santos é que o estivador registrado escolhe os melhores serviços no cais santista. “O cadastrado só se emprega depois do registrado, então pega os trabalhos que sobram, os piores”, finaliza o presidente do Sindestiva.

Fonte: A Tribuna

Para ler o artigo original completo: https://www.atribuna.com.br/noticias/portomar/estivadores-lutam-por-acesso-a-melhores-servicos-no-porto-de-santos

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