Argentina
Economia

Efeito seca: exportações argentinas caem 15,6% no primeiro trimestre

maio, 08, 2023 Postado porGabriel Malheiros

Semana202322

O Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (INDEC) divulgou o índice de preços e resultados do comércio exterior, mostrando a evolução trimestral no quesito exportações e importações. Um dos dados marcantes do indicador é a forte queda nas exportações argentinas, afetadas pela estiagem.

Segundo dados da agência, a quantidade exportada caiu 15,6% no primeiro trimestre do ano em relação mesmo período do ano passado, consolidando este como o terceiro trimestre seguido de variações negativas. Por sua vez, as importações caíram 6,5% ano a ano.

Por outro lado, observou-se também que o Índice de Valor das Exportações caiu 17,9% no primeiro trimestre, principalmente devido ao menor volume de embarques (-15,6%) e, em menor escala, devido aos preços (-2,8%).

Veja abaixo as exportações via contêineres através dos portos marítimos argentinos entre janeiro de 2019 e março de 2023, de acordo com o DataLiner.

Exportações argentinas em contêineres | janeiro 2019 – março 2023 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Já o Índice de Valor das Importações caiu 4,4% em relação ao primeiro trimestre de 2022, impulsionado, este sim, pelas quantidades (-6,5%), já que os preços subiram 2,3%.

O impacto da seca foi evidente no quesito “quantidades exportadas.” A queda ano-a-ano no primeiro trimestre (15,6%), foi bem superior à queda registrada no quarto trimestre de 2022 (0,7%). No primeiro trimestre do ano passado, por exemplo, houve um crescimento de 2,7% nesse sentido. Em realidade, em termos específicos, destaca-se a forte queda nas exportações de produtos primários (-39,4%) e “manufaturas de origem agrícola” (-15,9%). Por outro lado, quantidade exportada na categoria “combustíveis e energia” (13%) e “manufaturas de origem industrial” (3,7%).

Nas importações, também em relação as quantidades, apenas a categoria “partes e acessórios para bens de capital” cresceu 8,4%. Por exemplo, “bens de capital” caíram 16% e bens de consumo, 9,4%. Assim, ficou evidente o efeito da escassez de divisas e as restrições por ela ocasionadas.

Ademais, segundo o INDEC, “o Índice de Termos de Troca, que mede a relação entre os índices de preços de exportação e importação, apresentou queda de 4,9% em relação ao primeiro trimestre de 2022, devido à queda do Índice de Preços de Exportação e aumento do Índice de Preços de Importação.”

Fonte: ámbito

Para ler o artigo original, acesse: https://www.ambito.com/efecto-sequia-cayeron-156-las-exportaciones-primer-trimestre-n5714291

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