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Disputa com exportadores deixam manga mais cara no mercado interno

out, 27, 2023 Postado porSylvia Schandert

Semana202340

Com a demanda externa firme e o dólar favorável às exportações, o consumidor brasileiro tem encarado uma disputa acirrada pelas mangas produzidas principalmente na região Nordeste do país, mas também no Sudeste.

Na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a variedade tommy, que divide com a palmer a preferência do varejo, se destaca entre as frutas com as maiores altas, tendo subido 40%, entre setembro de 2022 e setembro de 2023.

De acordo com o Cepea, no primeiro semestre, foram vendidas ao exterior 71 mil toneladas da fruta, o segundo melhor desempenho da história, com receita de US$ 68,4 milhões, o que representou uma alta de 12% em relação ao mesmo período de 2022. O resultado do semestre ficou abaixo apenas das vendas registradas no primeiro semestre de 2021.

A expectativa do economista João Gabriel Alves da Costa, do Ceagesp, é que em breve surja uma luz no fim do túnel, ao menos para os mercados abastecidos a partir do entreposto paulistano.

“Os preços devem começar a embicar para baixo no fim deste mês porque começará a entrar a safra do estado de São Paulo, que está mais próxima do Ceagesp, o que reduz os custos de transporte”, afirma o economista.

Costa considera que, assim como as demais frutas, verduras e legumes, a manga sentiu os choques de oferta e dos custos logísticos durante e após a pandemia, assim como a escalada dos insumos agrícolas provocados pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

“Muitos produtores acabaram tomando a decisão de reduzir a área plantada por conta do aumento dos custos, ainda que, com o passar do tempo, as coisas foram se normalizando e houve retração dos defensivos e fertilizantes. Mas temos passado por esses eventos climáticos, ondas de calor, chuvas em excesso, e o setor de frutas, legumes e verduras é extremamente modulado e sensível às condições climáticas”, avalia o economista.

Segundo o Observatório da Manga do Semiárido, da Embrapa, quase metade das mangas exportadas pelo Brasil neste ano seguiram para Holanda. Em seguida, aparecem Espanha (24%), EUA (11%), Reino Unido (5,4%) e Portugal (5,3%) como principais destinos.

Em termos de origem, Pernambuco e Bahia se destacam, com 50% e 44% da produção exportada, respectivamente. Em seguida, aparecem os estados de São Paulo (3%), Rio Grande do Norte (2%) e Ceará (1%).

Fonte: Globo Rural

Para ler a reportagem original, acesse: https://globorural.globo.com/agricultura/hortifruti/noticia/2023/10/por-que-a-manga-esta-mais-cara-este-ano.ghtml

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