Economia

Demanda chinesa por commodities volta a crescer

abr, 20, 2023 Postado porGabriel Malheiros

Semana202319

A China, finalmente livre das correntes da covid-19, apresentou dados encorajadores para os proprietários de navios-tanque e transportadores de granéis secos esta semana.

O produto interno bruto chinês expandiu 4,5% no período de janeiro a março em relação ao ano anterior, mostraram dados governamentais, superando as expectativas dos analistas quanto a recuperação do poder de compra e ao aumento nos investimentos em infraestrutura, que ajudaram o a impulsionar o crescimento no primeiro trimestre.

Com base no desempenho melhor do que o esperado no primeiro trimestre, o JPMorgan elevou sua perspectiva de crescimento da China em 2023 para 6,4%, acima da previsão anterior de 6%, enquanto o Citi elevou sua previsão para 6,1% em relação à previsão anterior de 5,7%, dizendo que a economia chinesa está “em um bom caminho de recuperação no pós-Covid, tendênia liderada pelo consumo e pelo setor de serviços.”

Veja abaixo as 10 principais exportações em contêineres do Brasil para a China enviadas no ano passado, de acordo com o DataLiner.

Top 10 exportações em contêineres para a China | Jan 2022 – Dez 2022 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Parceria entre Brasil e China se estreitou na última década

O forte primeiro trimestre também impulsionou as perspectivas de demanda de petróleo. A Agência Internacional de Energia afirmou que a China é responsável pela maior parte do aumento projetado da demanda global de petróleo em 2023.

As refinarias chinesas processaram volumes recordes de petróleo bruto em março em antecipação do período de manutenções programadas.

Os dados mensais divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China foram muito encorajadores para os comerciantes de petróleo.

“Nunca na história as refinarias chinesas processaram tanto petróleo bruto em derivados de petróleo como em março. A produção da refinaria chinesa atingiu 63,9 milhões de toneladas, ou cerca de 15,1 milhões de barris por dia, superando amplamente todos os recordes anteriores,” apontou um relatório recente da corretora norueguesa Lorentzen & Co.

Para granéis sólidos, o relatório Short Range Outlook mais recente da World Steel Association também é otimista em relação à China.

Após dois anos de contração, a demanda chinesa por aço deve finalmente voltar a crescer este ano, prevê a associação.

De acordo com dados da plataforma marítima Sea/, as importações chinesas de minério de ferro no primeiro trimestre foram as mais altas registradas na década de 2020 até o momento.

Outros granéis secos também estão nas manchetes. Dados alfandegários recém-divulgados da China mostram que o país importou 41,2 milhões de toneladas de carvão em março, subindo de apenas 16,4 milhões de toneladas em março do ano passado.

“O aumento pode ser atribuído tanto ao aumento da geração de eletricidade quanto ao aumento da produção de aço, à medida que o país continua no processo de recuperação pós-pandemia”, sugeriram os corretores Braemar esta semana.

Nos grãos também é perceptível o retorno da demanda chinês. O Departamento de Agricultura dos EUA acaba de aumentar sua previsão de importações chinesas de trigo no ano comercial de 2022/23 em 2 milhões de toneladas para 12 milhões de toneladas, o maior total desde 1995/96.

As escalas portuárias para a China dentro do setor de petroleiros e granéis sólidos, conforme rastreado pela Sea/, foram notavelmente maiores este ano em comparação com 2022, apoiando os dados gerais que apontam para uma recuperação da economia.

Fonte: Splash247

Para ler o artigo original, acesse: https://splash247.com/chinese-commodity-demand-soars-back/

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