Economia

DataLiner: Dados de abril indicam economia morna

maio, 31, 2022 Postado porSylvia Schandert

Semana202222

Dados recém-divulgados do DataLiner sobre a movimentação brasileira de contêineres em abril indicam que o país encontra-se estagnado.

Em abril, o país importou 182.413 TEUs, uma queda de 17 % em relação a igual mês de 2021. No comparativo quadrimestral, foram 791.801  TEUS, contra 942.752  TEUs entre janeiro e abril de 2021, queda de 16%.

Mesmo assim, os números estão em linha com as importações realizadas em igual período de 2020 (795.742 TEU) e 5,8% superiores à 2019 (748.395 TEUS). Vale lembrar que o início de 2021 foi atípico para as importações, com recuperação de volumes que, por conta da pandemia da Covid-19, deixaram de entrar no país no ano anterior.

Confira abaixo o histórico das importações brasileiras via contêiner nos primeiros quatro meses de 2019 a 2022, seguido de um gráfico comparativo com os resultados mensais. Os dados são do DataLiner:

Importações Brasileiras via Containers | Janeiro – Abril | 2019 – 2022 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Comparativo mensal das Importações Brasileiras via contêineres | 2019 – 2022 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Destaques entre as importações

O rígido lockdown adotado pela China, especialmente em Xangai nos últimos meses para tentar frear a contaminação da população pelo coronavírus foi um dos fatores que prejudicou as importações brasileiras. No comparativo de janeiro a abril de 2022 com igual período do ano anterior, o Brasil importou 12,8% menos carga chinesa.

O congestionamento no porto de Xangai aumentou em março e abril, mas já mostrou sinais de redução em maio, quando o tráfego foi desviado para portos alternativos no norte e no sul da China. No entanto, os níveis gerais de congestionamento permanecem altos, com filas mais longas de navios vistas em portos alternativos, como Tianjin e Zhoushan.

Houve também uma queda significativas das importações dos Estados Unidos, de 26%. Vale lembrar que os EUA também registra inflação alta, além de comprometimento de sua logística portuária.

De acordo com a California Farm Bureau Federation, nos Estados Unidos, nozes, produtos e laticínios na Califórnia estão lutando para encontrar capacidade em contêineres. Muitas transportadoras não param mais no Porto de Oakland, optando por enviar navios vazios diretamente aos portos de Los Angeles e Long Beach para aproveitar as altas tarifas da Ásia para a costa oeste dos Estados Unidos.

Exportações

Em relação às exportações, os números de movimentação de contêineres em abril indicam uma ligeira queda de 3,2% nos embarques  (230.610 TEUS) em relação a abril de 2021 (238.229 TEUs). Na comparação do acumulado dos quatro primeiros meses de 2022 com igual período de 2021, a queda foi menor, de 1,07%, o que indica estabilidade.

Confira abaixo o histórico das exportações brasileiras via contêiner nos primeiros quatro meses do ano de 2019 a 2022, seguido de um gráfico comparativo com os resultados mensais. Os dados são do DataLiner:

Exportações Brasileiras via Containers | Janeiro – Abril | 2019 – 2022 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Comparação mensal das exportações brasileiras via contêineres | 2019 – 2022 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Destinos das exportações

A maior queda nas exportações foi registrada para a Rússia, de 37% no acumulado janeiro a abril de 2022 em relação ao ano anterior. Em volume, a maior queda foi para a Costa Oeste dos Estados Unidos, de 34,5% no mesmo comparativo.

As exportações para a China também caíram na comparação anual do primeiro quadrimestre, por conta dos problemas enfrentados pelo país: -7,6%. Por outro lado, cresceu o volume exportado para outros países asiáticos, como Filipinas (48%), Malásia (44%) e Taiwan (81,8%).

Outros destaques foram o crescimento de 28,4% das exportações para a Argentina no comparativo janeiro a abril de 2022 com igual período de 2021 e para os Emirados Árabes Unidos, para quem o Brasil exportou um volume 46,2% maior no mesmo comparativo.

Perspectivas

Para os próximos meses, a economia deve continuar morna. Projeção realizada no último dia 30 pelo Departamento de Pesquisas Econômicas do Bradesco (DEPEC), aponta que o PIB brasileiro deve terminar o ano com um crescimento de 1,5%. Já a produção industrial deve terminar o ano com queda de 0,4%.

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