Navegação

Colapso em margem no rio Paraná prejudica exportação de grãos pela Argentina

maio, 11, 2020 Postado porSylvia Schandert

Semana202020

Um colapso em uma das margens de um manancial obstruiu o canal de navegação pelo Rio Paraná, na Argentina. Com isso, navios transportando cargas pelo local, que é vital para as exportações de grãos do país vizinho, têm precisado reduzir sua capacidade.  

Para tentar restaurar a profundidade da água necessária ao tráfego das exportações, estão sendo realizados trabalhos de dragagem no local, ao sul do complexo portuário de Rosário, mas atualmente não há estimativa sobre quando as operações normais na importante via de grãos podem ser retomadas. 

De acordo com o gerente da Câmara de Portos e Atividades Marítimas da Argentina, Guillermo Wade, “Os navios não podem partir porque eles não têm margem de segurança adequada”. Segundo ele,  as embarcações precisam reduzir o peso levado em cargas para poder passar. “Um navio geralmente carrega cerca de 50 mil toneladas de grãos. Estamos falando de 11 mil toneladas a menor por navio”, estimou. 

A Argentina é o terceiro maior exportador global de soja e milho e o principal fornecedor de farelo de soja utilizado como ração para animais da Europa ao Sudeste Asiático. 

Os problemas nos embarques da Argentina podem mudar os fluxos de comércio global, com importadores buscando fornecedores alternativos, como o Brasil e os Estados Unidos. 

Cerca de 80% das exportações agrícolas e agroindustriais da Argentina são enviadas pela região de Rosário. 

O nível da água no rio Paraná já caiu para uma mínima em 50 anos, prejudicando o tráfego das exportações e causando perdas de 244 milhões de dólares à indústria local nos últimos quatro meses. 

Para o chefe da câmara local e exportadores e processadores de grãos (CIARA-CEC), Gustavo Idigoras, o colapso na margem do rio exacerba uma situação já difícil para o setor exportador de grãos argentino, que está em meio ao pico da temporada de exportações de soja e seus derivados e de milho.“Aqueles navios que já estavam em carregamento nos 32 terminais naquela área estão levando ainda menos (cargas) do que já estavam antes”, disse ele. 

Fonte: Reuters 

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