Economia

China e EUA: superpotências são principais fontes do superávit e déficit acumulados pelo Brasil no comércio exterior

set, 12, 2022 Postado porGabriel Malheiros

Semana202237

As duas maiores potências comerciais do planeta, China e Estados Unidos, são, respectivamente, as principais fontes do superávit e déficit acumulados pelo Brasil no período janeiro-agosto de 2021, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.

Nos oito primeiros meses do ano, o Brasil acumulou um saldo de US$ 23,314 bilhões (mais da metade de todo o superávit de US$ 44, 005 bilhões obtido pelo País até agosto de 2022) no intercâmbio com os chineses e amargou o maior déficit na história do comércio bilateral com os americanos ou com qualquer outro país para o período, da ordem de US$ 10,457 bilhões.

China

Em relação às trocas com a China, o mês de agosto tornou evidente o início de uma ligeira desaceleração das exportações brasileiras, que contraíram 2,1% em oito meses, para US$ 63,054 bilhões. Em contrapartida, o período apresentou uma forte alta das importações chinesas, que cresceram 35,1% no período e totalizaram US$ 35,740 bilhões. Com isso, a corrente de comércio (exportação+importação) apresentou um incremento de 9,6% e somou US$ 102,794 bilhões.

Nesse contexto, apenas três produtos (soja em grãos, minério de ferro e petróleo) responderam por 78% de todo o volume embarcado pelas empresas brasileiras com destino à China.

As exportações de soja cresceram 20,2% até agosto, comparativamente com os oito primeiros meses de 2021 e geraram uma receita recorde de US$ 26,3 bilhões, respondendo por 42% das vendas totais aos chineses. Em queda de 38%, as exportações de minério de ferro somaram US$ 12,6 bilhões e ficaram com uma fatia de 20% do total embarcado. Por outro lado, os embarques de petróleo tiveram uma ligeira alta de 1,99% para US$ 10,1 bilhões, correspondentes a 16% do total embarcado.

Do lado chinês, os cinco principais produtos vendidos ao Brasil, todos eles produtos industrializados, foram válvulas e tubos termiônicas (US$ 4,7 bilhões); compostos organo-inorgânicos (US$ 3,4 bilhões); equipamentos de telecomunicações (US$ 2,8 bilhões); inseticidas, fungicidas, etc (US$ 1,98 bilhão); e demais produtos da indústria de transformação (US$ 1,96 bilhão).

EUA

Os EUA foram, de longe, o país com o qual o Brasil registrou o maior saldo negativo em seu comércio exterior até o mês de agosto. No período, as exportações brasileiras cresceram 27,7% e somaram US$ 24,717 bilhões, enquanto as vendas americanas tiveram uma alta ainda mais expressiva de 48,1% para US$ 34,935 bilhões.

Com esses números robustos, o fluxo de comércio bilateral totalizou US$ 59,412 bilhões (alta de 19,3% comparativamente com idêntico período de 2021) e a balança comercial resultou em um saldo negativo de US$ 10,457 bilhões, bastante superior ao déficit de US$ 8,240 bilhões acumulado em todo o ano passado.

Apesar do expressivo saldo negativo, é importante destacar que nenhum outro entre os grandes parceiros comerciais do Brasil mantém com o País uma relação comercial marcada pela participação tão expressiva dos bens industrializados como os Estados Unidos.

A relação dos “Top 5” do Brasil é integrada pelo petróleo (US$ 3,2 bilhões e participação de 7,9%), aeronaves (US$ 1,3 bilhão, com participação de 5,3%), ferro-gusa (US$ 1,3 bilhão e 5,3%); e café não-torrado (US$ 113 bilhão e 4,6%).

Do lado americano, os grandes destaques nas exportações são óleos combustíveis, petróleo e gás natural, itens que tiveram forte expansão importações brasileiras, especialmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Fonte: Comex do Brasil

Para ler o artigo original completo acesse: https://www.comexdobrasil.com/china-e-eua-superpotencias-sao-principais-fontes-do-superavit-e-deficit-acumulados-pelo-brasil-no-comercio-exterior/

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