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Brasil sinaliza, na OMC, que está pronto para ampliar exportação de arroz

set, 30, 2022 Postado porGabriel Malheiros

Semana202239

Enquanto a India, que lidera as exportações mundiais de arroz, restringiu os embarques do cereal, o Brasil sinalizou ontem, em evento na Organização Mundial do Comércio (OMC), que está pronto para ampliar os embarques e colaborar para a segurança alimentar global.

A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) diz que o país, que já exporta 1,5 milhão de toneladas por ano, tem capacidade para agregar mais 2,5 milhões de toneladas, incluindo os estoques que vêm dos vizinhos do Mercosul

“O custo de produção do arroz no Brasil é muito mais elevado do que nos parceiros do Mercosul’, disse Andressa Silva, diretora-executiva da Abiarroz, em referência a custos envolvendo questões ambientais, trabalhistas e logísticas, entre outras.

Uruguai, Paraguai e Argentina exportam arroz a um preço menor para o Brasil, o que acaba gerando um excedente, porque nossa produção nacional é ajustada ao consumo. E o Brasil está trabalhando para se transformar numa plataforma de exportação de arroz no Mercosul, com produção interna e com os volumes que absorve’’.

Veja abaixo o histórico do volume das exportações de arroz realizadas pelo Brasil entre janeiro de 2019 e julho de 2022. Os dados são do DataLIner.

Exportações Brasileiras de Arroz | jan 2019 – jul 2022 | WTMT

 Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

No painel liderado pela Abiarroz no Fórum Público da OMC, especialistas voltaram a apontar os riscos decorrentes das restrições às exportações de alimentos.

Índia, que exporta arroz para 150 países, turbinada por subsídios, proibiu recentemente embarques do chamado “arroz quebrado”, considerado de segunda categoria e muito usado em ração animal, mas que é comprado por vários países africanos para consumo humano, por ser mais barato. E restringiu a venda de vários tipos do produto (branco, marrom etc), deixando livre os embarques do arroz basmati.

Andressa Silva, diretora-executiva da Abiarroz, pontuou que, enquanto alguns governos turbinam a produção agrícola com subsídios, distorcem o mercado e proíbem exportações, o consumidor é lesado. E, nesse cenário, um aumento das exportação brasileiras poderá ajudar nos esforços para fortalecer a segurança alimentar global.

Carolina Matos, gerente de exportação da entidade, disse haver oportunidades para ampliar os embarques para América Central, do Norte, Europa, Oriente Médio e Africa. O Brasil é o décimo maior produtor mundial (2% do total) e o maior produtor fora da Asia. Atualmente é o 12º maior exportador de arroz beneficiado, de melhor qualidade.

O embaixador brasileiro junto à OMC, Alexandre Parola, destacou aspectos de sustentabilidade na produção brasileira. Segundo a Abiarroz, o arroz brasileiro tem os menores níveis de arsênico, graças ao solo, e não é transgênico. Além disso, 80% da produção está na região Sul, portanto bem longe da Amazonia. Em 45 anos, a área plantada desabou no país, mas a produção dobrou.

Fonte: Valor Econômico

Para ler o artigo original completo, acesse: https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2022/09/30/brasil-sinaliza-na-omc-que-esta-pronto-para-ampliar-exportacao-de-arroz.ghtml

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