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Brasil deve chegar ao pódio da produção mundial de algodão

jan, 02, 2024 Postado porGabriel Malheiros

Semana202401

Carlos Alberto Moresco, de 49 anos, teve o primeiro contato com a agricultura aos 7. Em Ijuí (RS), onde seus pais cultivavam grãos e produziam leite, ele tomou gosto pelo trabalho no campo, que o transformou em um grande produtor de algodão.

O encanto pelo algodão vem tomando corpo na agricultura brasileira, e Moresco é um dos exemplos concretos desse quadro. O produtor espera uma pequena queda na produtividade na safra 2023/2024, que deve passar das 340 arrobas de algodão em caroço por hectare da safra passada, um recorde, para 310 arrobas nesta safra. Mas, segundo ele, o resultado ainda está dentro da média, já que este é um ano de preocupações com o clima, devido ao fenômeno El Niño.

Ainda que não alcance o ótimo desempenho do ciclo anterior, Moresco é uma das faces do sucesso do cultivo da pluma no Brasil. Depois de a produção disparar nos últimos anos, o país deve, enfim, superar o volume de colheita dos Estados Unidos, alcançando a posição número três na produção global de algodão, atrás apenas de China e Índia. Além disso, os brasileiros devem disputar espaço com os americanos no mercado exportador.

Exportações Brasileiras de Algodão | Janeiro de 2019 – novembro de 2023 | WTMT

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

As projeções mais recentes da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) convergem para a estimativa de que o Brasil produzirá 3,1 milhões de toneladas de pluma de algodão, enquanto a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), mais otimista, prevê 3,37 milhões de toneladas, o que, caso se confirme, representará um crescimento de 3% em relação à temporada anterior.

O órgão americano estima que o Brasil vai quase dobrar suas exportações e vender 2,5 milhões de toneladas ao mercado externo, encostando no volume dos embarques dos EUA, que deverá ser de 2,6 milhões de toneladas.

“Esses dados não trazem apenas um sentimento de otimismo, mas também de merecimento. Estamos há 30 anos investindo na cultura para torná-la mais moderna e sustentável. Hoje, a produção do Brasil é eficiente, e ela vai ocupar o lugar no mercado dos países que não são”, afirma o presidente da Abrapa, Alexandre Pedro Schenkel.

As projeções mais recentes da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) convergem para a estimativa de que o Brasil produzirá 3,1 milhões de toneladas de pluma de algodão, enquanto a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), mais otimista, prevê 3,37 milhões de toneladas, o que, caso se confirme, representará um crescimento de 3% em relação à temporada anterior.

O órgão americano estima que o Brasil vai quase dobrar suas exportações e vender 2,5 milhões de toneladas ao mercado externo, encostando no volume dos embarques dos EUA, que deverá ser de 2,6 milhões de toneladas.

“Esses dados não trazem apenas um sentimento de otimismo, mas também de merecimento. Estamos há 30 anos investindo na cultura para torná-la mais moderna e sustentável. Hoje, a produção do Brasil é eficiente, e ela vai ocupar o lugar no mercado dos países que não são”, afirma o presidente da Abrapa, Alexandre Pedro Schenkel.

Grande consumidor do algodão brasileiro, a Ásia ainda deverá ser destaque nas exportações em 2024, prevê Schenkel. Nesse sentido, o Brasil pode explorar oportunidades de negócios até mesmo em importantes fornecedores da commodity, como os indianos.

“A Índia é o segundo maior produtor de algodão do mundo, mas, se houver qualquer estresse com a oferta local, eles terão que comprar de algum lugar. Por isso, precisamos estar presentes quando tivermos a oportunidade”, observa o presidente da Abrapa, acrescentando que um dos grandes obstáculos para o aumento das vendas é uma alíquota de 11% que os indianos cobram para exportação de 50 mil toneladas.

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