Economia

Balança comercial com Argentina vira sinal e tem déficit no acumulado do ano

maio, 09, 2024 Postado porGabriel Malheiros

Semana202418

Depois de um superávit de apenas US$ 75,5 milhões de janeiro a março, a balança comercial do Brasil com a Argentina virou o sinal no acumulado do até abril, com déficit de US$ 40,3 milhões. O saldo negativo foi resultado de US$ 3,91 bilhões em exportações e US$ 3,95 bilhões em importações. A última vez em que houve déficit na balança bilateral no período foi em 2020, com déficit de US$ 167,76 milhões, segundo dados divulgados 08 de maio pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic).

O resultado não surpreende, diz José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). “Além de ser reflexo da queda da demanda doméstica, os argentinos reduzem as importações em busca de melhor saldo comercial não somente pela falta de divisas mas também para mostrar alguma medida que possa melhorar as condições do setor externo. Isso afeta as exportações brasileiras.” Para Castro o déficit comercial nas trocas com os argentinos é a tendência para o ano, já que a recuperação do país vizinho deve ser gradativa. E no ano passado, lembra ele, o que elevou garantiu superávit na balança bilateral foi a quebra de safra de soja argentina, que resultou em venda atípica do grão brasileiro ao país vizinho.

O gráfico abaixo analisa o comércio de contêineres marítimos entre Argentina e Brasil (exportações e importações) entre janeiro de 2021 e março de 2024. Os dados foram derivados do DataLiner.

Comércio de Contêineres Brasil-Argentina | Jan 2021 – Mar 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Os dados da Secex mostram que houve queda de 29,9% no valor embarcado pelo Brasil aos argentinos de janeiro a abril deste ano contra iguais meses do ano passado, em comportamento dissonante com as exportações totais brasileiras, cuja receita avançou 5,7%. As importações origem Argentina no período ficaram em patamar muito parecido, com alta de 2,9%.

Fonte: Valor Econômico

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