Economia

Balança comercial brasileira tem déficit na 4ª Semana de janeiro

jan, 28, 2020 Postado porSylvia Schandert

Semana202006

De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, Secex, na quarta semana de janeiro de 2020, a balança comercial registrou déficit de US$ 561 milhões e corrente de comércio de US$ 5,693 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 2,566 bilhões e importações de US$ 3,127 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 11,397 bilhões e as importações, US$ 11,041 bilhões, com saldo positivo de US$ 356 milhões e corrente de comércio de US$ 22,437 bilhões.

Análise da semana

Segundo os dados divulgados, a média das exportações da 4ª semana chegou a US$ 513,2 milhões, 30,3% abaixo da média de US$ 735,9 milhões até a 3ª semana, em razão da redução nas exportações das três categorias de produtos: básicos (-37,5%, de US$ 371,5 milhões para US$ 232,0 milhões, por conta de petróleo em bruto, minério de ferro, algodão em bruto, carnes bovina, suína e de frango, soja em grãos); manufaturados (-23,5%, de US$ 252,6 milhões para US$ 193,2 milhões, em razão, principalmente, de aviões, álcoois acíclicos e seus derivados halogenados, óleos combustíveis, máquinas e aparelhos para terraplanagem, gasolina) e semimanufaturados (-21,3%, de US$ 111,8 milhões para US$ 87,9 milhões, em razão de semimanufaturados de ferro/aço, açúcar em bruto, ferro fundido, celulose, couros e peles).

Do lado das importações, houve queda de 5,2% sobre igual período comparativo (média da 4ª semana, US$ 625,4 milhões sobre média até a 3ª semana, US$ 659,5 milhões), explicada, principalmente, pela diminuição nos gastos com equipamentos mecânicos, químicos orgânicos e inorgânicos, cobre e suas obras, veículos automóveis e partes, equipamentos eletroeletrônicos.

Análise do mês

Nas exportações, comparadas as médias até a 4ª semana de janeiro/2020 (US$ 670,4 milhões) com a de janeiro/2019 (US$ 822,0 milhões), houve queda de 18,4%, em razão da diminuição nas vendas das três categorias de produtos: manufaturados (-26,5%, de US$ 320,1 milhões para US$ 235,1 milhões, por conta de plataforma para extração de petróleo, partes de motores e turbinas para aviação, laminados planos de ferro/aço, máquinas e aparelhos para terraplanagem, veículos de carga); semimanufaturados (-20,3%, de US$ 131,4 milhões para US$ 104,7 milhões, por conta de celulose, semimanufaturados de ferro/aço, ferro fundido, ferro-ligas, óleo de soja em bruto) e básicos (-10,8%, de US$ 370,5 milhões para US$ 330,5 milhões, por conta, principalmente, de petróleo em bruto, soja em grãos, milho em grãos, minério de cobre, farelo de soja).

Relativamente a dezembro/2019, houve queda de 22,5%, em virtude da redução nas vendas de produtos básicos (-30,9%, de US$ 478,6 milhões para US$ 330,5 milhões) e manufaturados (-18,2%, de US$ 287,5 milhões para US$ 235,1 milhões). Por outro lado, cresceram as exportações de produtos semimanufaturados (+6,3%, de US$ 98,5 milhões para US$ 104,7 milhões).

Nas importações, a média diária até a 4ª semana de janeiro/2020, de US$ 649,5 milhões, ficou 12,8% abaixo da média de janeiro/2019 (US$ 744,9 milhões). Nesse comparativo, reduziram-se os gastos, principalmente, com aeronaves e peças (-41,1%), adubos e fertilizantes (-31,3%), combustíveis e lubrificantes (-12,7%), veículos automóveis e partes (-11,9%), químicos orgânicos e inorgânicos (-7,4%). Ante dezembro/2019, houve crescimento de 8,6%, pelos aumentos em farmacêuticos (+34,2%), siderúrgicos (+29,3%), equipamentos eletroeletrônicos (+28,3%), plásticos e obras (+19,9%) e equipamentos mecânicos (+14,8%).

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