Navegação

Argentina e Paraguai chegam a trégua em disputa sobre hidrovia

set, 28, 2023 Postado porGabriel Malheiros

Semana202339

A hidrovia Paraná-Paraguai, que se estende por aproximadamente 3.681 quilômetros na América do Sul, tem sido uma rota vital de comércio para o Paraguai, um país sem acesso ao mar, e um canal de exportação fundamental para a Argentina. Justamente por isso, quando a Argentina impôs uma tarifa ao uso da hidrovia, cresceram as tensões entre as duas nações.

Depois de mais de um mês de desacordo, a Argentina e o Paraguai recentemente chegaram a uma trégua temporária após negociações que envolveram o Brasil, a Bolívia e o Uruguai. Nos próximos 60 dias, estes países estabelecerão um comitê técnico para analisar as taxas de pedágio, e a Argentina não buscará ação legal por pagamentos atrasados durante esse período.

A disputa sobre o pedágio começou em novembro de 2022, quando a Argentina estabeleceu uma taxa, alegando precisar de rendimentos extras para investimentos em infraestrutura. O Paraguai rejeitou o pedágio, que, após sua implementação definitiva em 1º de janeiro de 2023, acarretou custos extras as empresas de logística. As tensões aumentaram em maio, quando a Argentina deteve uma barcaça paraguaia devido a pedágios não pagos.

A situação piorou ainda mais em agosto, com relatos contraditórios de um acordo de alto nível que surgiu após uma reunião entre autoridades argentinas e paraguaias. Isso levou a um desacordo público, com o Paraguai acusando a Argentina de ação unilateral.

A disputa se ampliou regionalmente, com Bolívia, Brasil e Uruguai expressando seu descontentamento. A decisão do Paraguai de controlar a geração de energia da barragem de Yacyretá afetou o fornecimento de energia da Argentina. A Argentina também deteve caminhões de combustível na fronteira paraguaia.

No auge do conflito, uma associação comercial com base nos Estados Unidos pediu intervenção do governo dos EUA para quantificar os danos que a Argentina causou ao Paraguai. A situação permanece sem solução.

Fonte: Buenos Aires Herald

Sharing is caring!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *