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Argentina e Brasil tentam elevar o nível da água do rio Paraná

abr, 20, 2020 Postado porSylvia Schandert

Semana202017

Devido às secas, o Rio Paraná está no nível mais baixo desde 1989. Isso vem prejudicando as exportações de grãos da Argentina, que utiliza o rio para escoar grande parte de sua produção. 

Para tentar resolver essa situação, os governos da Argentina e do Brasil estão em negociações para liberar um volume gigantesco de água da represa de Itaipu, com o objetivo de que essa água chegue ao rio Paraná. As exportações pelo rio movimentam um montante de cerca de US $ 20 bilhões por ano. 

Na última sexta-feira, dia 17 de abril, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina informou que chegou a um acordo com o Brasil para aumento de 1.400 metros por segundo (m³/s) na vazão do rio Paraná. 

De acordo com a Reuters, o anúncio vem após pressão dos argentinos para que o Brasil aceitasse aumentar o fluxo de água da hidrelétrica de Itaipu de forma a elevar o nível do rio Paraná. “O Brasil comunicou que já está programado um aumento da vazão da hidrelétrica de Itaipu para que a média de 5.350 m³/s da semana anterior seja aumentada em 850m³/s. E, além disso, foi acordado um novo aumento nas vazões de 550 m³/s, para que o aumento total seja de 1.400 m³/s e a vazão suba para uma média final próxima de 7.000 m³/s”, disse a chancelaria da Argentina em nota. 

Ainda segundo a Reuters, procurado, o Itamaraty não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a manifestação do país vizinho. 

O nível da água em Rosário, uma importante cidade portuária argentina, é de apenas 78 centímetros (31 polegadas), quase cinco vezes abaixo da média para esta época do ano, segundo dados do governo. Os exportadores perderam três pés de capacidade de carga em navios graneleiros, o que significa que estão enchendo até 7.500 toneladas a menos de toneladas, dependendo do navio. 

O reabastecimento em portos marítimos no Atlântico está aumentando os custos de logística. 

 A empresa de dragagem belga Jan de Nul está realizando trabalhos de emergência para aumentar a profundidade do canal do rio. Mas, se a secura persistir, a água poderá continuar diminuindo mais rapidamente do que as dragas. 

FontesMercoPress e Reuters 

 

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