Portos e Terminais

A maré virou nas Companhias Docas

set, 29, 2021 Postado porSylvia Schandert

Semana202138

Na fila das privatizações, as Companhias Docas deixaram para trás sucessivos prejuízos e passaram a ostentar uma onda de lucros em seus balanços mais recentes. Feudos tradicionais de partidos do Centrão e alvos de operações da Polícia Federal no passado, elas tinham uma das piores imagens de todo o setor público.Nos últimos anos, sua gestão foi profissionalizada. Os resultados são surpreendentes.

As sete estatais responsáveis pela administração dos portos organizados acumularam um rombo de R$ 1,042 bilhão em 2018. O desempenho virou radicalmente em 2019 e elas fecharam com R$ 911 milhões de superávit. No ano passado, precisaram assumir despesas extraordinárias (como um acordo para sanar o déficit atuarial do fundo de pensão Portus e programas de demissão voluntária), mas continuaram no azul. Neste ano, a expectativa é que o lucro volte a crescer.

Estatais portuárias se profissionalizaram e estão dando lucro

“Teremos números muito expressivos”, antecipa o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni. Só em Santos, por onde passa 27% de todo o comércio exterior brasileiro, ele espera um desempenho positivo na ordem dos R$ 400 milhões.

As autoridades portuárias eram objeto de forte cobiça de partidos políticos. Entre 2014 e 2017, cinco gestores passaram pela presidência da CRDJ, o que levava a mudanças frequentes na definição de prioridades para os portos do Rio e de Itaguaí. Em 2018, o então presidente e dois diretores da Codesp foram presos pela PF em Santos, por suspeita de fraude em licitações e associação criminosa em contratos que somavam R$ 37 milhões.

Quando o TCU fez uma auditoria no setor, sete em cada dez representantes de terminais arrendados à iniciativa privada disseram que a administração dos portos onde eles atuavam era prejudicada por indicações reconhecidamente partidárias.

Hoje a situação é diferente, afirma Piloni. Segundo ele, 70% dos administradores atuais nas Docas têm pelo menos dez anos de experiência em gestão e 54% acumulam passagens dentro do ramo portuário. Para a Codesp, que agora se apresenta como Santos Port Authority (SPA), foi nomeada uma equipe com longa trajetória no mercado.

Fonte: Valor Econômico

Para ler a matéria original completa acesse o link:

https://valor.globo.com/brasil/coluna/a-mare-virou-nas-companhias-docas.ghtml

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