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Aço e Alumínio

Sanções contra Rússia podem abrir espaço para exportação de aço do Brasil aos EUA

mar, 08, 2022 Postado porSylvia Schandert

Semana202210

As sanções econômicas impostas contra a Rússia pela invasão da Ucrânia podem abrir espaço para a exportação de aço do Brasil para os Estados Unidos.

“Com o fechamento das relações [comerciais entre os EUA e a Rússia], certamente um espaço vai se abrir para nossas negociações com os Estados Unidos em relação à Seção 232”, disse nesta segunda-feira (7) o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, representante do setor siderúrgico, Marco Polo de Mello Lopes, em coletiva de imprensa da Coalizão Indústria, iniciativa que reúne 14 entidades do setor industrial.

Ele ressalta que o Brasil é o maior exportador de placas de aço para os EUA e a Rússia vem em segundo lugar. “Rússia e Ucrânia são grandes produtoras e exportadoras de produtos siderúrgicos. Com as limitações colocadas pelos efeitos da guerra é evidente que haja uma inversão dos fluxos de comércio relacionados aos siderúrgicos”, declarou Lopes, que é também coordenador da Coalizão indústria.

A Seção 232 é um instrumento adotado pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump para reduzir as importações de aço. A norma impõe cota às exportações Brasileiras. As vendas de semimanufaturados de aço do Brasil aos EUA foram imitadas a 3,5 milhões de toneladas anuais. Em 2017, antes da medida, o embarques para o mercado norte-americano tinham chegado a 4,7 milhões de toneladas.

De acordo com Lopes, o setor pleiteia a exclusão das exportações brasileiras de aço semiacabado aos EUA do sistema de cotas. “Não faz nenhum sentido para a indústria americana – que precisa das placas para poder produzir – que o aço brasileiro fique dentro desta restrição”, afirmou. Ele acrescenta que o tema já foi alinhado com a diplomacia brasileira, e uma missão deve ser organizada para negociar com as autoridades norte-americanas.

Caso não haja possibilidade de suspender a limitação, o Brasil pretende pedir a ampliação da volume. “Aí entra a questão que eu mencionei da Rússia”, disse o executivo. Segundo ele, o país eslavo chegou a exportar 2 milhões de toneladas aos EUA em 2018, mas houve redução desde então em função também das cotas.

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