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Preços de adubos recuam, mas compras para 2023 estão fracas

dez, 02, 2022 Postado porGabriel Malheiros

Semana202248

O recuo dos preços dos adubos observado neste semestre não animou o agricultor brasileiro a sair às compras. Pelo contrário, a aquisição de fertilizantes para o próximo ano avança no ritmo mais atrasado dos últimos dois anos, segundo pesquisa trimestral da consultoria americana StoneX.

As negociações antecipadas que foram fechadas até novembro deste ano, de produtos não necessariamente já entregues, somaram 41% do potencial de aquisições previsto para o primeiro semestre de 2023 no país. O dado indica o mais cauteloso comportamento dos produtores desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 2020.

Para efeito de comparação, há um ano (novembro de 2021), o volume de compras fechado para o primeiro semestre de 2022 somava 49% do potencial, e em 2020, era de 48%. A queda atual está entre 7 e 8 pontos percentuais.

Já para o segundo semestre do ano que vem, as negociações antecipadas alcançaram 17% – um recuo de 7 pontos na comparação com 2020 e de dois pontos em relação a 2021.

Veja abaixo o histórico do volume de fertilizantes (hs 0207) que o Brasil importou entre janeiro de 2019 e setembro de 2022, segundo o DataLiner.

Importações Brasileiras de Fertilizantes | Janeiro 2019 – Setembro 2022 | WTMT

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Juros e oferta

“O atraso evidenciado pela pesquisa nas compras de fertilizantes ocorreu pela conjugação das atuais altas taxas de juros e da inexistência de risco de desabastecimento em 2023, além do longo ciclo de quedas de preços do NPK [nitrogenados, fosfatados e potássicos], que prevaleceu nos últimos nove meses”, informa boletim divulgado pela StoneX.

Marcelo Mello, diretor de fertilizantes da StoneX, lembra que no fim de 2020 houve o “auge do pico de antecipação de compras”, impulsionado por preços mais favoráveis. Enquanto no primeiro semestre daquele ano a tonelada de produtos oscilava entre US$ 200 a US$ 300, o valor chegou a ultrapassar a marca de US$ 1 mil no mesmo período deste ano.

Mas a queda de preços dos adubos ao longo de 2022 – ano de altas históricas das cotações – ainda não funcionou como incentivo para acelerar a antecipação de compras.

A tonelada da ureia recuou 44% desde seu pico de preços, em março deste ano, para US$ 561 (no Brasil) na semana passada. Já o MAP (fosfatado) e o potássio tiveram quedas similares desde o primeiro semestre, em torno de 55%, e eram cotados a US$ 602 e US$ 548 a tonelada, nessa ordem, no fim do mês de novembro.

Exceto para o potássio, a tendência é de alta das cotações no início do ano que vem, quando os agricultores dos Estados Unidos e da Europa chegam ao mercado para as compras de 2023. Os preços da tonelada da ureia e de fosfatos podem aumentar perto de 20% a partir de janeiro.

Fonte: Valor Econômico 

Para ler a matéria original completa, acesse: https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2022/12/02/precos-de-adubos-recuam-mas-compras-para-2023-estao-fracas.ghtml

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