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Navegação

Maersk e CMA CGM relatam demanda reduzida em navios porta-contêineres

fev, 10, 2020 Postado porSylvia Schandert

Semana202007

A Maersk e a CMA CGM informaram que os navios porta-contêineres estão com a demanda reduzida devido ao surto de coronavírus na China e à extensão das comemorações do Ano Novo Chinês. Ambas as companhias de navegação disseram que as operações em terminais, armazéns e escritórios na China, com exceção de Wuhan, continuam sem interrupção.

No entanto, nem todas as empresas de transporte anunciaram itinerários em branco ou nulos. “Não temos planos de deixar as viagens em branco ou pular os portos”, disse um porta-voz da Hapag-Lloyd em recente entrevista. “Mas estamos acompanhando de perto os desenvolvimentos e decidiremos em breve”, acrescentou. Por seu lado, em um aviso aos seus clientes, a ONE indicou que, excluindo os portos da província de Hubei, “os navios continuam mantendo suas paradas e operações normais nos portos”.

Que as companhias de navegação cancelem paradas nos portos e eliminem zarpadas é uma prática comum em torno do Ano Novo Chinês, uma vez que a produção e, portanto, a demanda pelo transporte das exportações da China diminui.

A extensão das férias reduziu ainda mais a demanda e causou a necessidade de cancelar itinerários, explicou a Maersk, embora a empresa tenha salientado que se esforça “para equilibrar nossa rede para atender à redução na demanda”.

Exportações de carnes prejudicadas

Já de acordo com o Valor Econômico, o congestionamento do sistema portuário chinês, que está praticamente parado por causa do coronavírus, pôs em alerta os frigoríficos brasileiros e também o governo.

De acordo com o veículo, o Ministério da Agricultura já admite que as exportações brasileiras à China serão prejudicadas nos próximos meses. Sem o escoamento de cargas que chegaram aos portos da China, o número de tomadas disponíveis para manter o conteúdo dos contêineres refrigerados é cada vez mais escasso. Por isso, os importadores estão deslocando cargas para portos de Hong Kong e Cingapura.

Considerando todas as carnes, os chineses gastaram US$ 4,5 bilhões para importar 1,3 milhão de toneladas de produtos brasileiros no ano passado, de acordo com o Ministério da Agricultura. Esse montante representou 27,3% das exportações brasileiras de carnes, que renderam US$ 16,5 bilhões.

Fontes: Mundo Marítimo e Valor Econômico

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