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Fluxo nos portos deve ser comprometido por conta de inspeções na China

jul, 03, 2020 Postado porSylvia Schandert

Semana202027

Na avaliação da Maersk, o controle reforçado sobre os alimentos importados implementado pela China para tentar evitar uma segunda onda de contágio por Covid-19 deve atrasar o fluxo logístico dos portos. Com isso, os navios que deixam os portos brasileiros com as cargas de carnes em direção ao país asiático vão demorar mais para voltar.

“O grande risco é que [os contêineres] fiquem mais tempo na mão dos clientes. Não por vontade própria. Um contêiner indo para a China sofria inspeções randômicas e estão falando em inspecionar muito mais para detectar que não há contaminação”, afirmou o chefe global de proteínas e lácteos da Maersk, Jean Stoll, em entrevista recente ao jornal Valor Econômico.

Mesmo antes que o  aumento do rigor das inspeções entrou em vigor nas últimas semanas -, a pandemia já havia aumentado o tempo de transporte. Em tempos normais, o contêiner ficava 13 dias com o exportador até embarque do navio. Atualmente, esse prazo passou para 17 a 20 dias. Também houve casos de contêineres carregados esperando 30 dias o adiantamento de importadores.

Segundo dados da Dataliner, as exportações brasileiras de contêineres refrigerados com carne de frango aumentaram 6,8% no primeiro trimestre, chegando a quase 35,6 mil unidades de 40 pés – em média, 27 toneladas do produto em cada contêiner. No caso da carne suína, o crescimento foi de quase 45%, para 5,6 mil contêineres. Por outro lado, os dados indicam que exportações de contêineres refrigerados com carne bovina caíram 5,4% no período, para 12,8 mil contêineres.

O gráfico a seguir mostra as exportações via contêiner reefer do Brasil para a China e o Extremo Oriente:

O gráfico abaixo mostra as exportações de carne bovina, suína e de frango do Brasil a China mês a mês:

Fonte: Valor Econômico

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