Exportação açúcar e etanol
Economia

Crescimento robusto das exportações do agronegócio estabilizam balança comercial brasileira, apesar da crise causada pela Covid-19

maio, 08, 2020 Postado porSylvia Schandert

Semana202020

As exportações do agronegócio brasileiro estão contribuindo para o equilíbrio da nossa balança comercial. Dados divulgados pelo Ministério da Agricultura apontam que as vendas externas da agropecuária brasileira tiveram um crescimento de 17,5% pela média diária nos quatro primeiros meses do ano, comparando com igual período do ano anterior. Com isso, a participação do agro no total das exportações passou de 18,7% em 2019 para 22,9% em 2020. 

Dados do DataLiner dos três primeiros meses de 2020 corroboram o Ministério da AgriculturaAs exportações nos três primeiros meses de 2020 em relação a igual período de 2019 cresceram, em alguns casos, mais de 50%, como é o caso do algodão, cujo incremento nas exportações alcançou 63,9%. 

Fonte: DataLiner

 

No caso do açúcar, o DataLiner detectou um crescimento de 23,4% no primeiro trimestre de 2020 em relação a igual período de 2019. Já em abril, a receita obtida com exportações de açúcar bruto e refinado do Brasil  somou US$ 475 milhões, valor 7,7% maior do que o registrado em março deste ano e 33,8% superior à do mesmo mês de 2019, de US$ 355 milhões. A expectativa é de embarques recordes para a safra 2020/2021.  

Fonte: DataLiner

 

Já a soja teve um crescimento de 4,9% no primeiro trimestre de 2020 em relação aos três primeiros meses de 2019 mas a tendência é de uma alta ainda maior já que dados divulgados na última segunda-feira, 4 de maio, pelo Ministério da Economia, apontam que no mês de abril de 2020 as exportações de soja bateram recordes históricos mensais de exportações em volume para o mês de abril, com 16,3 milhões de toneladas. 

Fonte: DataLiner

 

Carnes 

Outro grande destaque das exportações brasileiras no primeiro trimestre de 2020 foram as proteínas animais, com destaque para a carne de porco, que registrou um crescimento de 43,34% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre de 2019 motivado pela China, que voltou a registrar aumento da gripe suína africana em seus animais, aumentando, assim, as exportações da proteína brasileira.  

Já a carne de frango registrou, segundo dados do DataLiner, um crescimento de 6,64% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre de 2019. De acordo com o Secex, de janeiro a abril de 2020, o frango manteve a sétima posição entre os principais produtos exportados pelo Brasil no período, correspondendo a 2,89% da receita cambial brasileira no período, um índice de participação 6,63% superior ao do mesmo quadrimestre de 2019. 

Em relação à carne bovina, apesar de uma queda de 5,86% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre de 2019, se considerarmos apenas março de 2020,  houve um crescimento de 2,22%  em relação a março de 2019. A expectativa para os próximos meses também é positiva.  

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Abiec, Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes indicam que o Brasil poderá embarcar mais de 2 milhões de toneladas de carne bovina em 2020, 130 mil a mais que no ano passado, quando o volume já havia crescido 12,4% ante 2018.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, as exportações brasileiras de carne bovina devem superar o recorde registrado em 2019 e gerar 8 bilhões de dólares em divisas neste ano, mesmo diante da crise do coronavírus. 

Para Abiec, o país não conta com nenhuma unidade produtiva paralisada na área de bovinos, em função da Covid-19, situação diferente da americana, que teve diversas plantas paralisadas em decorrência da doença.  Com muitas plantas fechadas, os Estados Unidos está descartando carne bovina por falta de profissionais nos frigoríficos para processá-las.  

Outro ponto positivo é o fato do mercado norte-americano ter sido reaberto para os exportadores brasileiros da proteína in natura em fevereiro deste ano. Com isso, frigoríficos brasileiros que ainda não alcançaram a China podem exportar aos EUA. Outros mercados a serem conquistados são o Japão, Coreia do Sul, México e Canadá

Fonte: DataLiner 

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