BYD vende 377 mil carros em junho e amplia exportações em 233%

A BYD vendeu 377.628 veículos de passeio em junho, praticamente repetindo o volume de maio e registrando alta de 11% em relação ao mesmo mês de 2024. De acordo com o portal CarNewsChina, trata-se do maior volume mensal do grupo em 2025 até o momento.

Do total comercializado, 206.884 unidades (54,8%) foram veículos elétricos a bateria (BEVs) e 170.744 (45,2%) híbridos plug-in (PHEVs). As vendas de BEVs subiram 42,5% na comparação anual, enquanto os PHEVs recuaram 12,5%. Foi o terceiro mês seguido em que os elétricos puros representam mais de metade das vendas da empresa e o segundo mês consecutivo com mais de 200 mil unidades deste tipo.

As exportações totalizaram 90.049 veículos, alta de 233,6% frente a junho de 2024. O volume engloba veículos das marcas BYD, da premium Denza, da linha de SUVs FCB e da Yangwang, focada em modelos de luxo.

No acumulado de janeiro a junho, a montadora soma 2.113.271 carros de passeio vendidos, crescimento de 31,5% sobre o primeiro semestre do ano passado. A meta da BYD para 2025 é fechar com cerca de 5,5 milhões de veículos entregues, ante 4,27 milhões em 2024.

Já o segmento de veículos comerciais, como ônibus, apresentou alta expressiva de 459% no semestre, passando de 5.838 para 32.683 unidades. Contando todos os segmentos, a BYD chegou a 382.585 veículos vendidos em junho.

Desde abril de 2022, a marca deixou de fabricar veículos puramente a combustão, passando a focar apenas em elétricos e híbridos plug-in. Para viabilizar o aumento de exportações, a BYD também avança com sua frota própria de navios cargueiros: o sétimo, batizado de BYD Zhengzhou, iniciou testes no mar na última semana; já o sexto, BYD Xi’an, concluiu a viagem inaugural transportando cerca de 7 mil veículos para destinos como Reino Unido, Itália, Espanha e Bélgica.

Brasil recebe lote extra antes do aumento de imposto
No Brasil, a empresa também desembarcou um lote extra de veículos, estimado em cerca de 7 mil unidades, para reforçar estoques antes do aumento gradual das alíquotas de importação de eletrificados, que avançam para a próxima etapa a partir de 1º de julho. O ajuste afeta modelos elétricos a bateria (BEV), híbridos plug-in (PHEV) e híbridos convencionais (HEV), conforme cronograma do governo federal iniciado no fim de 2023.

Com a nova tabela do MDIC, os elétricos passam a ser taxados em 30% (era 25%), híbridos plug-in em 28% (antes 20%) e BEVs em 25% (contra 18%). Em julho de 2026, todos os eletrificados terão alíquota única de 35%. O objetivo da BYD é manter preços mais estáveis no curto prazo até o início da produção local.

Dolphin Mini será 1º nacional
O Dolphin Mini, hoje o elétrico mais vendido do país e vendido a partir de R$ 122.800, será o primeiro modelo montado na Bahia, junto do SUV híbrido Song Pro, já mencionado pela empresa em outras ocasiões. A operação começará em regime SKD, com kits parcialmente montados, ajudando a reduzir custos, enquanto avança gradualmente para um regime de produção nacional.

O complexo baiano, instalado onde funcionava a fábrica da Ford, será o maior da BYD fora da Ásia para veículos de passeio, com capacidade inicial de 150 mil unidades por ano, podendo dobrar na segunda fase. No futuro, a estrutura incluirá também fábricas de chassis de ônibus elétricos e processamento de lítio e ferro-fosfato, com previsão de gerar cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos quando estiver a pleno vapor.

Fonte: Inside EVs

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