Petróleo e Gás

Argentina começa a exportar GNL

jul, 16, 2019 Postado porSylvia Schandert

Semana201930

Segundo a Kallanish Energy, a produção de gás natural na Argentina aumentou nos últimos três anos, levando à retomada das exportações de petróleo e o início das operações de gás natural liquefeito.

De acordo com uma nota divulgada pela U.S. Energy Information Administration (EIA) isso se deve, em grande parte, à produção na gigante bacia de Vaca Muerta, que atingiu mais de 1 bilhão de pés cúbicos por dia (Bcf/d) em dezembro passado.

A Secretaria de Energia da Argentina divulgou, no início deste mês, que a produção de petróleo e gás bateu um recorde em maio graças à bacia.

A produção de gás cresceu 7,6% e a de petróleo 4,2% em relação ao mesmo período de 2017, tornando-se a melhor produção em uma década. Além disso, maio foi o 13º mês consecutivo sem importar petróleo, o período mais longo desde 2012.

A bacia do Vaca Muerta é responsável por 23% da produção do país e possui recursos recuperáveis de 308 trilhões de pés cúbicos (Tcf) de gás natural e 16 bilhões de barris de petróleo. Apenas 4% dos seus 8,6 milhões de acres estão em fase de desenvolvimento.

A Argentina retomou as exportações de gás natural para o Chile e o Brasil via oleoduto e embarcou sua primeira carga de GNL em 6 de junho a partir da unidade flutuante de liquefação offshore Tango (Flng), operada pela empresa local de energia integrada YPF.

“Como a Argentina não tem formações geologicamente adequadas para servir como instalações de armazenamento de gás natural em grande escala, os produtores de gás natural têm que parar a produção excedente para acomodar o padrão de consumo sazonal”, disse a EIA em nota.

Atualmente, a produção nacional excede a demanda durante os meses mais quentes, mas no inverno ainda há necessidade de importar gás via dutos (principalmente da Bolívia) ou na forma de GNL.

É provável que tais importações continuem até que uma infraestrutura adicional seja construída para transportar o xisto para os principais centros de demanda.

O aumento da produção está ajudando a reduzir o déficit energético da Argentina para US $ 2,3 bilhões em 2018, de US $ 6,9 bilhões em 2013, de acordo com a Secretaria de Energia da Argentina.

Fonte: Kallanish Energy

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