Portos e Terminais

Agilidade dos Portos do Paraná gera economia para setor de fertilizantes

fev, 06, 2020 Postado porSylvia Schandert

Semana202007

Os gastos com sobre-estadia (demurrage) na importação dos fertilizantes pelos portos do Paraná foram 43% menor em 2019. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (05/02) pelo Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos). No ano, o setor economizou US$ 20,39 milhões.

Entre os fatores listados pelo sindicato para explicar a redução estão as melhorias contínuas na eficácia da programação dos navios e na logística das operações de descarga, transporte e armazenagem, de uma maneira geral.

Segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, a empresa pública tem se dedicado ao máximo para otimizar o tempo das operações e reduzir os custos dos operadores portuários, em todos os segmentos. “Estamos a todo momento trabalhando para que as normas que auxiliam nas programações de atracações e operações dos navios sejam claras, transparentes e garantam uma melhor ocupação do cais público comercial, bem como a redução do tempo operacional. Com isso, não só todos ganham como também deixam de perder com gastos extras”, diz.

Tempo – Seguindo o detalhamento dos dados divulgados pelo Sindiadubos, a redução mais significativa da sobre-estadia dos navios foi exatamente no cais público comercial. O valor pago em demurrage foi 51% menor nas operações pelos berços 208, 209 e 211, em 2019.

Foram cerca de US$ 21,6 milhões a menos. No ano passado, o setor pagou cerca de US$ 20,4 milhões em sobre-estadia dos navios. Em 2018, esse valor era de US$ 42,07 milhões.

“A redução de 43% no pagamento de demurrage significa que os navios esperaram menos tempo para descarregar. Isso acontece porque as operações têm sido cada vez mais eficazes, tanto no porto quanto na retaguarda – no transporte e na armazenagem”, reafirma o gerente do Sindiadubos, Décio Gomes.

O setor de fertilizantes espera, para 2020, um ano parecido com o ano anterior, em termos de volume de importação. Porém, como afirma Gomes, alguns fatores externos podem influenciar o cenário deste ano, como a relação comercial entre Estados Unidos e China; o desempenho das safras norte-americanas; as variações de câmbio e do valor do Real.

Fertilizantes – A importação de fertilizantes pelos portos do Paraná (cais comercial do Porto de Paranaguá, Terminal da Fospar e Terminal da Ponta do Félix em Antonina), em 2019, foi de quase 9,15 milhões de toneladas.

Apesar do volume representar um recuo de 5% em relação às movimentações do ano anterior, os portos do Paraná continuam sendo a principal entrada dos fertilizantes no país. Os terminais de Antonina e Paranaguá recebem cerca de 28% dos adubos importados pelo Brasil.

Os principais produtos importados no ano foram cloreto de potássio – MOP (31% do total), complexos NPK (14%), fosfato monoamônio – MAP (13%), sulfato de amônio (12%) e ureia (11%).

As principais origens dos produtos são Rússia, China, Estados Unidos e Canadá.

Os gráficos a seguir, feitos com base nos dados do DataLiner, da Datamar, trazem um panorama das importações brasileiras de fertilizantes:

Fonte dos gráficos: DataLiner/Datamar

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