Empresas do Porto de Santos lançam movimento para defender túnel entre Santos e Guarujá
set, 24, 2020 Postado porSylvia SchandertSemana202039
Nesta quinta-feira, 24 de setembro, empresas do setor portuário lançaram um movimento chamado “Vou de Túnel”. O objetivo é defender a construção de um túnel que ligue Santos ao Guarujá O tema é controverso. Isso porque governo federal e o Porto de Santos defendem a construção do túnel. Já o Governo de São Paulo e a concessionária Ecorodovias defendem a construção de uma ponte que ligue as duas cidades.
Entre as companhias que participam da criação “Vou de túnel!” está a Brasil Terminal Portuário (BTP), terminal de contêineres que seria um dos mais afetados negativamente pela ponte.Além disso, estão envolvidas a Boskalis, a Van Oord, a Abratec (Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres), entre outros.
A proposta do grupo é construir o túnel entre Santos e Guarujá, que seria um projeto de R$ 3,5 bilhões, por meio de uma Parceria Público Privada (PPP) ou que fosse incluído na desestatização do Porto de Santos, como uma obrigação do novo operador do porto. A construção do empreendimento em si custaria R$ 2,5 bilhões, mas o projeto também prevê mais R$ 1 bilhão em obras adicionais, nas avenidas perimetrais de Santos e Guarujá.
Túnel vs ponte
A disputa começou no ano passado, quando o governo paulista propôs a construção de uma ponte entre as cidades, que seria erguida pela Ecorodovias — a ideia seria incluir a obra dentro da concessão rodoviária da empresa, que, em troca,ganharia um prazo adicional para o contrato de operação do sistema Anchieta-Imigrantes.
O projeto, porém, desagradou operadores do porto e o governo federal, responsável pela administração do cais santista. A avaliação é que a obra iria atrapalhar o trânsito de navios e criar restrições à expansão do cais.
O governo paulista chegou a fazer audiências públicas sobre o tema, mas, diante da polêmica, o projeto ficou parado. Nas últimas semanas, a Ecorodovias entregou ao governo paulista uma nova versão do projeto, com adaptações para tentar resolver reclamações feitas pelos terminais portuários — por exemplo, o espaço entre as pilastras da ponte foi aumentado. Porém, ainda não houve conversas entre os governos paulista e federal sobre o assunto.
Fonte: Valor Econômico
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